segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

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Mídia e Comportamento

A criança e o adolescente aprendem comportamentos por imitação, através de exemplos, com boa vulnerabilidade à influências externas. A Profª. Lília de Souza Li mostra a importância da mídia que, pelos diversos canais, possui uma capacidade de influência ampla, devido às suas características de não segregação, de não ter necessidade de locomoção das pessoas. É importante ressaltar que, apesar de seus pontos positivos, existem também aspectos negativos da mídia, podendo influenciar comportamentos de risco (violência, sexualidade, erros alimentares, uso de substâncias psicoativas).



Este foi um dos temas geradores nas discussões iniciais de nosso projeto de pesquisa, a grande influência da mídia no comportamento das crianças e jovens.
Essa temática vem sendo alvo de preocupações do Estado já há algum tempo. Há leis que garantem que produtos alimentícios não sejam mais atrelados a bonificação de brinquedos, certos produtos como cigarros deixaram de possuir veiculação de propagandas na mídia aberta.
A escola mais uma vez deve fazer seu papel de formação de cidadãos e abordar o tema dessa influência com seus alunos e também com seus pais.
Percebemos hoje uma grande parcelas das famílias, onde temos a televisão como babá de crianças durante boa parte do dia, sendo bombardeadas por centenas de propagandas atrativas e instigantes.


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Uso de substâncias psicoativas

Atualmente, o uso de drogas lícitas e ilícitas está aumentando em nossa sociedade, e infelizmente, em idades cada vez mais precoces. E muitas vezes, o início desta experiência tem seu início no ambiente escolar. A Dra. Renata Azevedo fala sobre este tema, enfatizando os motivos que levam a criança e o adolescente a entrarem neste mundo. Com isso, a escola pode promover estratégias de prevenção e discussão deste assunto para minimizar os riscos.


A expressão “substâncias psicoativas” diz respeito a qualquer substância que altere o sistema nervoso central causando em seu usuário uma sensação de prazer.
Cada uma dessas substancias tem seu efeito próprio, o que vai de encontro com as várias necessidades de seus usuários, como baixar a ansiedade, sensações alucinógenas, causar euforia, permanecer acordado, conseguir dormir,etc.
Após algum tempo onde tínhamos os usuários dessas substâncias como um esteriótipo de pessoas fracas, suscetíveis a algum vício, ou ainda àqueles que não conseguem enfrentar situações reais, utilizam e se tornam dependente de drogas.
Porém, mesmo com toda a informação disponível nos dias atuas, o uso de substâncias psicoativas tem crescido nos últimos anos e o que é mais grave os adolescente começam a experimentar as drogas (lícitas e ilícitas) cada vez mais cedo.

Os principais motivos para esse aumento na utilização dessas substâncias são:

1) Início do uso na adolescência, período que o jovem está desenvolvendo sua opinião e formação. A curiosidade é um grande fator no processo de iniciação do uso de substâncias psicoativas;
2) Adolescentes com maior vulnerabilidade ao uso de substâncias psicoativas, devido ao seu contexto, baixa autoestima, timidez, má estrutura familiar, entre outros.
3) Coerência dos pais e/ou responsáveis, já que, muitas vezes, passam a ideia de consumismo, isto é, tudo é resolvido com alguma compra ou mesmo com o uso de álcool, tabaco, etc., acabando por incentivar os filhos com as mesmas ações

Os docente necessitam ter uma noção clara do que fazer em sala de aula, assim, o Estado criou o Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas, uma parceria da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) do Ministério da Justiça com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), executado pelo Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas (PRODEQUI)/PCL/IP da Universidade de Brasília - UnB. 


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Bullying

Entre os vários desafios já existentes na escola, o bullying - termo sem tradução exata para o português - é mais um destes desafios. É uma situação que vem crescendo nos dias de hoje e é caracterizado por atos agressivos, verbais ou físicos. Esta aula mostra que o papel da escola começa com trabalhos de conscientização e de reconhecimento dos atores e vítimas do bullying para consequentemente criar uma cultura de paz e de respeito às diferenças individuais.

O Bullying e o CyberBullying muito comuns hoje nas relações entre os jovens, vem causando muitos danos a nossa juventude.
Percebemos dentro dos muros escolares, e além deles no caso do fenômeno virtual, uma perturbação muito grande aliada a lares desestruturados, e jovens alienados, sem objetivos definidos, e com total falta de respeito pelo próximo.
Dentro das sala de aulas trabalhamos incessantemente contra toda forma de descriminação e assédio que culminem numa situação de constrangimento levando ao Bullying.
Uma das iniciativas de prevenção no estado de São Paulo foi a nova série da TV Cultura, Pedro & Bianca, que foi lançada na E.E. Alberto Torres, zona Oeste de São Paulo. 
O seriado vai ao ar aos domingos  às 14h, na TV Cultura. O programa, que tem entre seus criadores o diretor Cao Hamburguer, é gravado na mesma escola em que a série foi lançada. É lá que as personagens, alunos do 1º ano do Ensino Médio, vivem suas principais experiências.

“O programa permite que nossos jovens possam refletir sobre si mesmos, sobre seus valores, suas atitudes, a maneira como convivem na escola ou em casa. Ao identificar-se com os personagens da série, nossos alunos podem refletir e discutir sobre temas sensíveis sem que tenham de expor a si mesmos e a seus colegas”, afirma Claudia Aratangy, diretora do Departamento de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). 

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Violência nas escolas

Fatores individuais e ambientais estão associados a comportamentos inadequados e transtornos de conduta. As primeiras manifestações de violência também ocorrem na escola, como enfatiza a professora Lília de Souza Li. O melhor entendimento destes fatores ajuda a identificar as crianças de risco e, consequentemente, propor intervenções mais adequadas e eficazes.


A violência dentro das escolas, vem se tornando manchetes diariamente nos jornais de circulação nacional.

É um momento onde se torna crucial a identificação dos fatores causadores dessa violência, e cabe a escola, trabalhar preventivamente nestes fatores.

Um dos fatores que interferem no comportamento de alunos no interior da escola, é a violência familiar, e assim, muitas vezes o aluno reproduz um padrão de comportamento aceitável para ele.

A violência no entorno da escola, deve ser considerada neste estudo que a escola necessita realizar para poder compreender a sua própria realidade de violência.

A escola deve ter muito claro que há a necessidade de realizar um planejamento de ações preventivas, e trabalhar individualmente ou em grupos em situações mais delicadas.

O trabalho com projetos se torna muito eficaz nesse tipo de abordagem.

Programas públicos também são bem vindos para auxiliar o trabalho docente nessa temática, como o PROERD, no estado de São Paulo, onde policiais militares ministram um curso semestral aos alunos, sobre a prevenção das drogas e a violência.



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Sexualidade e prevenção de risco

Apesar da evolução tecnológica, científica e de informação, os índices de doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez estão aumentando na adolescência, como mostra as Profªs Lília de Souza Li e Marici Braz. O melhor acesso às medidas preventivas pode ajudar a reduzir esse índice. Para isso, a escola pode ajudar no debate sobre esse assunto, facilitando o acesso dos alunos sobre esta temática.


Ainda hoje, após inúmeras campanhas sobre a utilização de preservativos durante as relações sexuais, percebemos que ainda não é suficiente.

Temos ainda um grande índice de gravidez na adolescência e temos verificado um aumento no números de jovens infectados com o vírus da AIDS ou com outras doenças sexualmente transmissíveis.

Diante deste panorama, mas uma vez a escola vem a serviço da sociedade, cumprindo seu papel de informar e formar os cidadãos.

No Brasil há hoje diversos programas de formação continuada para professores que abordam essa temática, propiciando assim que estes docentes estejam aptos a trabalhar com seus alunos.

Os PCN também trazem em seu conteúdo um capítulo somente para o tema da sexualidade, tamanha a importância desse debate em sala de aula.

Por fim, há ainda a possibilidade da escola servir de posto de distribuição de preservativos, isso logicamente aliado a um bom programa de prevenção.



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Sexualidade na escola

A sexualidade existe desde o nascimento e passa por etapas.Na adolescência, as mudanças corporais levam a mudanças psicológicas, visando a busca de uma nova identidade para o corpo em transformação. Existem três fases do desenvolvimento da sexualidade no adolescente: uma fase inicial de autoerotismo, a segunda fase de comportamento narcísico com relações casuais e superficiais e a terceira fase com evolução de maior capacidade de envolvimento emocional e afetiva, como mostra a Profa. Marici Braz.


A sexualidade entre os humanos é resultado de várias vivências, valores, regras, normas, simbologias que o ser humano toma para si, ou que percebe na sociedade.
Essa sexualidade passa por diversas fases como no quadro abaixo:


Ainda hoje o tema sexualidade é um tabu para as famílias, que simplesmente omitem o assunto com suas crianças e jovens. E neste momento outros meios passam a servir de informação a estes jovens como a TV a internet, tornando muitas vezes erotizadas precocemente.
Nesse cenário torna-se necessário que a escola assuma este papel de informação que os pais não realizam. Os docentes precisam estar preparados para esta tarefa em sala de aula, agora sim como Educador responsável.

Comenta Rosely Sayão(1997)
"(...) E quem são, afinal os responsáveis por uma educação sexual que permita uma visão consciente da sexualidade (...) claro que os primeiros e principais responsáveis são os pais (...) E quem são os adultos que, pelo menos em tese, deveriam aliar-se aos pais nessa difícil tarefa de educar? Os professores, claro! " Pág.: ( 269-281)

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Retardo Mental e Autismo


Muitas crianças com deficiência mental e autismo são capazes de crescer, aprender e se desenvolver, desde que a família e a escola conheçam um pouco mais sobre estas condições. Crianças com atraso mental ou com autismo podem obter resultados escolares muito interessantes. Para isso, é importante avaliar a necessidade específica da criança e seu grau de comprometimento para direcionar estratégias mais efetivas.


As dificuldades encontradas pelos alunos com algum retardo mental podem representar baixas habilidades intelectuais, problemas com a comunicação ou interação social, e logicamente de aprendizado.

Temos cerca de 1 a 2% da população atingida por algum tipo de patologia desta natureza.

Podemos classificar esse tipo de distúbrio como:
  • Leve: tem atrasos, mas consegue se comunicar. Apresenta certa independência.
  • Moderado: possui deficiência na compreensão, cuidados pessoas e habilidades motoras limitadas, sua vida acadêmica é limitada.
  • Grave: tem grande grau de prejuízo intelectual, déficit visual e analítico, necessita de cuidados especiais.


Como sempre o diagnóstico precoce ajuda a criança a treinar as suas habilidades, bem como prestar um atendimento adequado a pais, familiares e professores.

Já as crianças autistas, possuem um transtorno que traz prejuízos na interação social, e alguns atrasos na linguagem e no comportamento. São características do autismo:

- A criança não fala, resiste aos cuidados paternos e não interage;- Nos bebês: evitam contato visual, sem interesse na voz humana, indiferentes ao afeto;- Crianças: não seguem os pais pela casa, não tem interesse em brincar com outras crianças;- Interesse por brincadeiras estereotipadas, como: lamber, cheirar, bater palmas, levar o corpo para frente e para trás;- Fascinação por luzes, sons e movimentos;- Incomoda-se com mudanças na sua rotina diária;- Inteligência e linguagem comprometidas.

O tratamento deve ocorrer de forma individualizado, porém com intervenção conjunta entre uma educação especial, orientação dos pais, terapia, treino de habilidades sociais e medicações.

Em todos esses casos o professor não deve atuar sozinho, nem tampouco efetuar o diagnóstico. Comumente na primeira infância, quando a criança segue pela primeira vez a escola, muitas vezes alguns desses distúrbios somente são percebidos, quando a interação com outras pessoas se inicia.
Cabe então a escola, e ao corpo docente efetuar o alerta aos pais e solicitar um acompanhamento de profissional competente.


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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um tema muito abordado atualmente, especialmente quando se fala em crianças e adolescentes, que ocorre em várias regiões diferentes do mundo. Para fazer com que estas crianças e adolescentes sejam melhor inseridas no contexto escolar é importante que a escola saiba como lidar com estes alunos.

Vários estudos epidemiológicos realizados em diversas culturas, indicam que o TDHA é comum a todos essas culturas, e assim, não é secundário de fatores ambientais, como a educação dada pelos pais, ou a falta de limites, ou ainda conflitos psicológicos.
Esses estudos medem a taxa de prevalência que permite entender o quanto é comum ao fenômeno. Estudos nos Estados Unidos, mostram uma prevalência de 2,5% a 8% (Rowland e cols., 2001), e em 1999 no Brasil, após pesquisas com crianças entre 12 e 14 anos, obtivemos uma taxa de prevalência de 5,8% nestes alunos(Rohde e cols., 1999).
O TDAH é um transtorno neuropsiquiátrico freqüente, que acomete crianças, adolescentes e adultos, independente de país de origem, nível sócio-econômico, raça ou religião. Atualmente não existem, nomeio científico, dúvidas sobre a gravidade e a amplitude das conseqüências do TDAH na vida dos portadores e de seus familiares. Para evitá-las, é preciso reunir esforços em diversas áreas para reduzir o tempo entre o início dos sintomas e a realização do diagnóstico correto, garantindo que todos os pacientes tenham acesso a um tratamento adequado para os sintomas de TDAH e possíveis comprometimentos associados. Apesar dessas certezas no meio acadêmico e científico, alguns setores da sociedade e profissionais das áreas de educação e saúde ainda questionam a existência do TDAH.   (Cartilha - Uma Conversa com educadores)
O tratamento do TDAH envolve abordagens múltiplas,:

  • Intervenções psicoeducacionais:
  • com a família;
  • com o paciente;
  • com a escola.
  • Intervenções psicoterapêuticas, psicopedagógicas e de rehabilitação neuropsicológica;
  • Intervenções psicofarmacológicas


Para mais detalhes vale a pena consultar a cartilha da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) 



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Distúrbios alimentares (anorexia e bulimia, obesidade)


A alimentação saudável é um dos fatores mais importantes no crescimento. Deficiências nutricionais ou excesso na dieta estão associados a diversas condições de saúde (anorexia, bulimia e obesidade - apresentadas pela Profa. Lília de Souza Li) não só na infância, mas também na vida adulta. Entender o que é uma alimentação adequada e um estilo de vida saudável são temas relevantes que podem fazer com que a escola faça a diferença.



Os distúrbios alimentares são causados pela interação de aspectos psicológicos, biológicos, familiares e sócio-culturais.
A adolescência sendo uma fase de grande vulnerabilidade, por todas as alterações que já citamos anteriormente predispõe estes jovens a estes distúrbios.
A bulimia, anorexia e transtornos de compulsão alimentares são distúrbios comuns na adolescência.
Esses distúrbios afetam diretamente os alunos e a escola pode e deve ajudar na identificação dos sintomas, bem como criar mecanismos que façam orientação e prevenção destes problemas.

Podemos dividir esses distúrbios em dois grandes blocos:

Anorexia e Bulimia.Possuem causas neurológicas, psicológicas, muitas vezes vinculadas a ideia obsessiva do culto à corpos magros que a mídia exibe.

Obesidade. Pode ser de origem genética, ou ainda provocada por maus hábitos alimentares, mas também fatores psicológicos, ou também devido a um modo de vida extremamente sedentário.

As redes de ensino, como por exemplo a rede pública de educação do estado de São Paulo, já possui legislações que garantem um bom sistema nutricional em suas escolas, impedindo a venda de alimentos ricos em gordura, como as frituras, coibindo a venda de petiços industrializados, bem como fornecendo uma merenda equilibrada e saudável.



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Crescimento e desenvolvimento ponderal e hábitos alimentares



O crescimento da criança e do adolescente passa por etapas bem definidas e moduladas por fatores genéticos e ambientais. A aula, proferida pela Profa. Lília de Souza Li, mostra como estes fatores ambientais podem interferir positiva ou negativamente no potencial genético de crescimento. Com isso, o entendimento dos fatores nas distintas fases permitirá abordar o assunto e identificar a criança em risco.


Todos nós após o nascimento passamos por uma série de fases até nos tornarmos adultos saudáveis.
Essa condição adulta dependem de inúmeros fatores que podem prejudicar o desenvolvimento ao longo da infância e da adolescência, uma destes fatores é a alimentação, que pode influenciar a produção hormonal desses seres em desenvolvimento.
Na puberdade, idade entre os 9 e 11 anos dos jovens, s principais mudanças são verificadas, os hormônios estarão se estabilizando, e o crescimento é interrompido, porém demais modificações são notadas, aparecimentos e aumento de pelos pelo corpo, aumento de massa corporal, desenvolvimento das características sexuais, menstruação, etc.
Aliada a alimentação, a realização de atividades físicas também auxiliam para o restabelecimento do equilíbrio hormonal dos jovens.
Abaixo segue algumas considerações do Profº Luiz Anderson Lopes, sobre os diversos fatores.


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Saúde do professor


Os principais comprometimentos na saúde do professor são problemas vocais, posturais e o stress e ansiedade decorrente das condições de trabalho. Entender esses problemas e saber como preveni-los ajuda o professor a ter condições para enfrentar o seu turno de trabalho com mais eficiência. Para discutir estes temas, você vai ouvir entrevistas com profissionais da área (Dra. Lúcia Mourão, fonoaudióloga e Dr. Luiz Boaventura, fisioterapeuta), enfatizando orientações para melhorar a saúde do professor. Profª Paula Fernandes



A saúde do professor hoje é assunto pouco discutido por empregadores e autoridades, porém é um dos principais problemas na educação hoje no Brasil.
Muitos são os fatores que prejudicam os docentes em sala de aula, como: jornada dupla de trabalho, sem o devido descanso, salas lotadas de alunos deixando o ar viciado e o clima abafado, sala de aula sem ventilação, lousas muito altas, ou muito baixas, dificultando manter uma boa postura durante a aula, falar durante 8 horas a fio, muito vezes num tom mais alto de que deveria, afim de se fazer escutar numa classe indisciplinada.
Sem contar o fator emocional que tudo isso acarreta, deixando muitos professores doentes, sendo afastados por stress, ou esgotamento emocional.
Abaixo alguns aspectos que devemos atentar para que um programa de prevenção seja adquirido pelos docentes:

· Voz – merece muito cuidado, pois é a ferramenta de trabalho mais importante do professor. Para evitar problemas dessa ordem, o professor deve aprender a usar a voz, falar virado para os alunos, articulando-se e variando a voz, aquecer a voz, equilibrar a respiração etc.
· Postura – hérnia de disco, DORT, má postura são comuns entre os professores. Para melhorar estes problemas, ações como alongamentos, escrever no quadro na altura dos olhos, variar de posição entre outros, pode auxiliar bastante.
· Stress – está atrelado a componentes físicos e psíquicos. Divide-se em três fases: alerta, resistência e exaustão. Em seu ápice, gera stress profissional, exaustão emocional, auto-imagem negativa, depressão e insensibilidade.

Uma reportagem da Revista Nova Escola ilustra este problema:
clique na figura para ler a reportagem>>>

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Introdução: saúde na escola

As estatísticas de saúde mostram que uma parte importante das doenças e de morte na população brasileira podem ser reduzidas através de medidas preventivas. Neste aspecto, a promoção da saúde pode ser tema de discussão em ambientes escolares. Esta primeira aula tem o objetivo de apresentar os temas relevantes nesta área que serão discutidos com detalhes nas próximas aulas.Professor Li Li Min 


É necessário ressaltar as questões de saúde presentes na sociedade brasileira hoje e, logicamente as que estão presentes nas escolas, que necessitam ser abordadas ao longo do processo de formação dos professores.

Podemos destacar alguns assuntos relevantes nesse tema gerador:
  • A taxa de mortalidade dos brasileiros
  • Distúrbios alimentares
  • Anorexia nervosa
  • Diagnóstico de TDAH
  • Afetividade e sexualidade
  • Bullying
  • Uso de entorpecentes
  • O apelo da mídia, que molda e determina comportamentos ou valores
  • Atividades excessivas, para atender aos padrões de índice de excelência
  • Saúde mental
  • Saúde do professor


Todas essas temáticas estarão a serviço para auxiliar os professores na forma de proceder com os alunos, e também como forma de estímulo para a tomada de consciência sobre sua própria saúde.




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Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade

O Grupo de percussão Uh-Batuk-Erê, formado por estudantes de escolas públicas da cidade de São Paulo, é um exemplo de como o trabalho de articulação entre escola e comunidade pode gerar frutos e contribuir para a construção da cidadania ativa.


O UH-BATUK-ERÊ é um grupo composto por cerca de 50 jovens, moradores da região norte da cidade de São Paulo e que são alunos e ex-alunos da EMEF Esmeralda Salles Pereira Ramos, localizada no bairro do Tremembé.
A criação do grupo tem como foco a reafirmação da identidade afro-brasileira e indígena do povo brasileiro, por meio do aprendizado de técnicas de percussão, dança e canto.
O UH-BATUK-ERÊ  realiza  diversas apresentações internas e externas à escola, em vários pontos da cidade de São Paulo.
O grupo surgiu na EMEF Esmeralda Salles Pereira Ramos pois esta atende a uma comunidade cujo perfil é constituído, em sua maioria, por pessoas com ascendência indígena e africana. Verificou-se ainda que havia a existência de crianças e jovens vivendo em situação de alta vulnerabilidade social.
Analisando toda essa realidade da comunidade, a escola atua com o principal objetivo de tornar -se um espaço que contempla a construção de um conhecimento sócio-cultural real da comunidade escolar.
Assim, tanto  a escola como seu currículo são espaços de reflexão sobre a produção de cultura, possibilitando, o protagonismo juvenil na construção da cidadania.


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Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

Nesta aula discutimos a contemporaneidade, as tensões sociais e seus impactos na vida dos jovens. As relações com as comunidades e o trabalho em rede podem apontar caminhos para a vida na sociedade atual. Prof°Patrícia Junqueira Grandino



O mundo tecnológico que vivenciamos hoje nos traz a fragmentação de eventos e com isso há muita subjetividades nas relações humanas.

No final do século XX, especialmente nos últimos 35 anos, presenciamos muitas inovações científicas em nossa sociedade, onde crescimento econômico não garante equidade, não garante o respeito pela condição humana.
Nesta nova sociedade percebemos algumas tensões, as quais podemos classificar como:

  • cultura de massa x cultura local:tornar-se cidadão do mundo sem perder referências e pertencimento à comunidade de origem;
  • tradição x modernidade: construir sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro, dominar o progresso científico;
  • competição x igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que força e a solidariedade que une.


Nesta conjectura temos a afirmação do conceito das comunidades, onde a identidade dos indivíduos ali residentes se reafirma, criam vínculos de afeto e sentimento, e onde os sujeitos se sentem reconhecidos.

Dentro desta conceituação de comunidade temos uma segunda definição muito importante, a do trabalho em rede, que tem por objetivos:

  • potencializar os recursos da comunidade;
  • fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade;
  • problematizar questões emergentes da comunidade coletivamente;
  • identificar estratégias de enfrentamento compartilhadas.
No vídeo abaixo a Sra. Maya Takagi fala justamento de como o trabalho em rede é importante, e como cada um deve ter seu sentimento de pertencimento ao grupo destacado.


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Lazer, juventude e esportes

Abordou-se a íntima relação entre lazer, juventude e esportes, trazendo à tona práticas desenvolvidas em grupos característicos no contexto cultural como os jovens praticantes de esportes radicais. Debateu-se ainda os distintos conceitos de juventude e a inserção de jovens em espaços simbólicos oriundos das práticas de lazer em que se ressaltam as relações estabelecidas entre membros de um grupo no manejo de códigos e símbolos comuns. Profº Ricardo Uvinha.



Os temas dessa aula estão intimamente ligados : jovens, esporte e lazer.
Os jovens associam muitas vezes a pratica de esportes a períodos de lazer, principalmente os esporte radicais, como surf e skate.
Muitas cidades possuem equipamentos municipais para a pratica deste tipo de atividade esportiva.
Os jovens são também muito influenciados pela mídia, que veicula anúncios sobre estes esportes nos vários meios de comunicação.
O esporte adotado pelos jovens, também podem influenciar o seu modo de vida, muitas vezes definindo como se vestem, como cortam os cabelos, como falam, e como se expressam culturalmente. A esses grupos damos a denominação de tribos.


Particularmente o projeto de pesquisa realizado pelo grupo durante este primeiro semestre do EVC muito se relaciona com este apelo midiático que existe sobre os jovens.
O apelo de muitas propaganda ligadas a aventura e desafios atrai o desejo de descobertas que o jovem possui.




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Lazer, cultura e elementos comunitários

Refletiu-se a importância da esfera do lazer relacionada à cultura e aos elementos comunitários, identificando os principais conceitos do lazer, os conteúdos culturais a ele associados, os equipamentos de lazer e suas respectivas políticas na comunidade, bem como a atuação profissional num importante papel de sensibilização para o uso do espaço por meio do lazer. Prof. Ricardo Uvinha


Lazer é uma das mais antigas manifestações culturais, e possui diversas definições.
Segundo Jofre Dumazedier, um sociólogo francês veio várias vezes ao Brasil na década de 60, a pedido da UnB, para um estudo sobre a Cultura Popular, lazer é:

“Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”.

Nesta conceituação Jofre destaca três dimensões para o lazer: o descanso, o divertimento e o desenvolvimento.
E ainda indica os diversos conteúdos culturais da lazer:

  • Interesses artísticos: Imagens, emoções, sentimentos / Conteúdo estético, busca da beleza / Campo simbólico 
  • Interesses intelectuais: Ex. participação em cursos, leitura, jogo de xadrez 
  • Interesses manuais: Artesanato, culinária, “bricolage” / Jardinagem, cuidado com animais 
  • Interesses sociais: Festas, bailes, bares e cafés 
  • Interesses físico-desportivos: Práticas esportivas, pesca, ginástica. 
  • Interesses turísticos: Turismo como “elemento” do lazer.




Percebemos que no Brasil, os registros sobre os estudos sobre o lazer da população iniciam-se a partir da década de 70, percebe-se a movimentação organizada de locais como por exemplo o Sesc, onde é possível terá acesso a várias formas de cultura e lazer.

No Brasil, a partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal, temos a incorporação do lazer como direito básico do cidadão brasileiro.

O lazer muito antes disso já tinha o seu destaque dentro dos órgãos governamentais, quando citamos os vários equipamentos públicos de lazer:

  • Não específicos: (lar, rua, escolas)
  • Específicos: construídos com a finalidade do lazer. Subordinação aos conteúdos culturais do lazer: artístico, intelectual, manual, social, físico e turístico.
  • Micro equipamentos especializados: a um conteúdo cultural do lazer (academia de ginástica, biblioteca)
  • Médio de polivalência dirigida: clubes com 3, 4, 5 conteúdos culturais do lazer.
  • Macro equipamento polivalente: plenitude dos conteúdos culturais do lazer.

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A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar

Entender que as práticas corporais acontecem originariamente em espaços distintos daqueles concebidos na escola, procurar identificá-las no contexto comunitário e trazê-las de forma legítima para o currículo é o eixo principal desta aula. As práticas corporais denotam, para além do mero caráter físico e espacial, também as relações sociais que são tecidas na vivência dos grupos que lhes deram origem, gerando experiências carregadas de significado. Atenta aos acontecimentos ligados à cultura corporal e manifestados na sociedade, a escola pode se aproximar dessas práticas sociais e concebê-las de forma crítica no currículo, refletindo de forma mais ampla sobre a cultura, seus mecanismos de legitimação e predomínio nos meios de comunicação de massa. Profº Marcos Neira




A pedagogia da cultura corporal devem acompanhar a evolução das demais intervenções educativas dentro da escola. Ela deve procurar seguir as modificações culturais e sociais que acontecem no entorno da comunidade escolar.
O currículos das escolas devem promover e contextualizar as práticas corporais que surgem de manifestações dos diversos grupos de passam pela escola.
Essa preocupação faz parte da formação de cidadãos aptos para atuarem criticamente na sociedade cultural que vivem, mostrando aos alunos a multiplicidade cultural que temos hoje.
A escola deve criar momento que a interpretação para a compreensão do patrimônio cultural corporal da comunidade escolar acontece significativamente para os alunos.
A identidade corporal e uma compreensão da história social dessa comunidade devem ser destacados no currículo.
Essa valorização vai além das aulas de Educação Física, onde essa linguagem corporal se defina mais evidente no currículo escolar. Toda a contextualização da herança de povos antepassados podem ser trabalhados multidisciplinarmente. As brincadeiras infantis no Ciclo I, as atividades de jogos colaborativos no Ciclo II, o aprofundamento as origens folclóricas, e movimentos culturais contemporâneos nos Ensino Médio, são exemplos de como integrar essa linguagem corporal ao currículo.

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Transformações sociais, currículo e cultura

Com a democratização do acesso, adentraram à escola representantes de grupos culturais, até então, alijados desse direito. Se outrora, os conhecimentos socializados pelo currículo advinham dos grupos situados em condições privilegiadas sem qualquer questionamento, neste momento, tal perspectiva enfrenta o desafio da sociedade multicultural.É lícito que as políticas em torno da reconfiguração social atravessam inevitavelmente o debate curricular. A partir daí, foi gerado um certo consenso que afirma a democratização dos conhecimentos no currículo como ação em prol do reconhecimento das diversas culturas que compõem a sociedade. Alinhando-se a esse movimento, uma transformação curricular implicará não somente no estudo do patrimônio cultural dos grupos desprovidos de poder, como também, na desconstrução crítica dos conhecimentos oriundos da cultura hegemônica.Prof°Marcos Neira




A modificação da sociedade é o tema gerador das reflexões a seguir.
Alguns elementos são fundamentais para compreender a evolução e modificação da sociedade moderna, como a globalização, envolvendo:
- Contexto democrático;
- Sociedade multicultural;
- Função social da escola.
Para o estudo destes aspectos algumas teorias curriculares são propostas como as tradicionais, críticas, ou pós-criticas.
Outro aspecto a ser levado em consideração para essas reflexões é o cultural. Assim podemos citar a cultura como um todo, desde a Grécia Antiga, ao Séc. XXI, a amtropologia, e os estudos culturais.



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A cartografia e a representação dos lugares

Universo educativo: É o formado por um conjunto de instituições e meios educativos intencionais e com objetivos definidos que não fazem parte do sistema de educação formal. É a educação não formal
O papel da escola: a escola proporciona novas formas de interações, quando a criança estabelece com seus pares, com os adultos ou vivencia outras situações. As atividades de aprendizagem estimulam comparações das ações vivenciadas, relações entre as hipóteses conceituais e organiza-se os pensamentos mais complexos.Professora Sonia Castellar


O entorno da escola deve ser um tema corriqueiro nas aulas que envolvem temas ligados a geografia.
Os alunos devem ser levados a lerem as informações geográficas com facilidade, tornando essa atividade normal no crescimento destes alunos.
Os mapas hoje em dia não mais devem ser vistos como materiais objetivos , a fim de serem simplesmente copiados, e decorados.
A leitura de um texto gráfico deve ser priorizada no estudo de mapas.
Estamos hoje num mundo onde se há possibilidade de trafegar por cidades no outro extremo do mundo através de softwares na internet como o Google Maps.

Os carros são dotados de GPS que além da informação gráfica, dão ainda a informação falada, tendo assim, a necessidade de criar relações nos alunos entre a informação gráfica e a prática.
Os meninos necessitam aprender a andar pelos mapas, lê-los e interpretá-los.
A feitura de mapas da realidade do aluno, contendo as informações locais, facilita o início desse aprendizado.


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Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia

Os alunos descobrem que a cidade é mais do que uma decodificação das informações que ela revela na sua aparência, mas pode-se descobrir a sua estrutura, sua gênese, sua função e seu processo histórico no qual foi produzida, podendo estabelecer uma nova referência para a Geografia escolar. Profª Sonia Castellar


A escola deve ser o ponto de partida para a criança iniciar a sua interação com o mundo em que vive de uma forma crítica e organizada.
A escola deve propiciar que a cidade onde está inserida seja parte da educação geográfica fazendo uma ponte entre a informação formal e informal no processo educativo.
Esse estudo diferenciado do bairro, da cidade do aluno, proporciona a ele reconhecer e estabelecer relações entre os vários equipamentos municipais, comércio local, infraestrutura, etc.
A base histórica da população também pode ser levada em consideração, propondo atividades de entrevistas, visitas guiadas, entre outras atividades aos alunos.
A execução destas atividades devem preservar três aspectos diferentes:
  • Morfológico
  • Histórico
  • Ambiental

VA_10_Educação_Comunitária

Democracia e Educação em Direitos Humanos

  • Democracia e educação
  • Modo de vida
  • Educar para e pela democracia e Direitos Humanos
  • Educação em Direitos Humanos (EDH)
  • EDH na escola
  • Dimensões da EDH
  • Campos de atuação da EDH
  • Conteúdos da EDH
  • Inserção curricular

As relações no ambiente escolar devem ser sempre democráticas, instrumentalizando assim, o aluno para ser um indivíduo autônomo e conhecendo os Direitos Humanos.
A Educação em Direitos Humanos (EDH) visa a formação de sujeitos por meio do conhecimento e respeito a seus direitos, tornando-se um modo de vida.
A EDH possui cinco dimensões:

a) apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre direitos humanos e a sua relação com os contextos internacional, nacional e local;
b) afirmação de valores, atitudes e práticas sociais que expressem a cultura dos direitos humanos em todos os espaços da sociedade;
c) formação de uma consciência cidadã capaz de se fazer presente nos níveis cognitivo, social, ético e político; 
d) desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos orientados à mudança de mentalidades e de práticas individuais e coletivas que possam gerar ações e instrumentos em favor da defesa, da promoção e ampliação dos direitos humanos.

A EDH é promovida em três campos:
1.   epistemológico (conhecimento e habilidade),
2.   axiológico (valores e atitudes)
3.   práxis (ações em defesa da EDH).

 Divide-se em três tipos de conteúdos:
  • maxiconteúdos - categorias que integram a EDH
  • intermediários - conhecimentos específicos da disciplina
  • miniconteúdos - específicos
 A SEDH editou uma cartilha para auxiliar professores na inserção destes conteúdos no currículo escolar:
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VA_9_Educação_Comunitária

Educação comunitária e direitos humanos

  • Educação Comunitária e escola
  • Objetivo da Educação Comunitária
  • Educação Comunitária por Paulo Freire
  • Educação comunitária e contextos educativos
  • Educação comunitária e as relações entre aprendizagem e cidade
  • Mapear o entorno: ação para fora da escola
  • Trilhas: o caminho para os projetos
  • Direitos Humanos e escola
  • Direitos Humanos: a orientação do olhar Profª Ana Maria Klien (UNESCO)


A Educação Comunitária tem o principal objetivo de construir no aluno a sua identidade e que esta seja respeitada. O processo de ensino aprendizagem num ambiente real, com tantos significados pode tornar esse aluno num indivíduo mais consciente e respeitado.
Segundo Paulo Freire (2005):
uma educação que procura desenvolver a tomada de consciência, graças à qual o homem escolhe e decide, liberta-o, em lugar de submetê-lo, de domesticá-lo, de adaptá-lo, como faz com muita freqüência a educação em vigor num grande número de países do mundo, educação que tende a ajustar o indivíduo à sociedade, em lugar de promovê-lo em sua própria linha.

Assim, ter práxis que atenda à comunidade é uma proposta de trabalho coletivo, que busca resgatar a dimensão coletiva do humano. Porém para este exercício, devemos realizar a formação de indivíduos coletivos e protagonistas de ações que reflitam na sociedade.

Temos ainda na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei Federal n° 9.394/1996) que afirma o exercício da cidadania como uma das finalidades da educação, ao estabelecer uma prática educativa “inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, com a finalidade do pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”




Neste sentido temos desde 2003, no Brasil, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), apoiado em documentos internacionais e nacionais, inserindo o Estado brasileiro na história da afirmação dos direitos humanos e na Década da Educação em Direitos Humanos, prevista no Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos (PMEDH) e seu
Plano de Ação10.

São objetivos balizadores do PMEDH :
a) fortalecer o respeito aos direitos humanos e liberdades fundamentais;
b) promover o pleno desenvolvimento da personalidade e dignidade humana;
c) fomentar o entendimento, a tolerância, a igualdade de gênero e a amizade entre as nações, os povos indígenas e grupos raciais, nacionais, étnicos, religiosos e lingüísticos;
d) estimular a participação efetiva das pessoas em uma sociedade livre e democrática governada pelo Estado de Direito;
e) construir, promover e manter a paz.

VA_6_Educação_Comunitária

Educação comunitária e questões de gênero na escola


Nessa aula será apresentado um projeto de intervenção e investigação cujo principal objetivo foi desenvolver projetos e ações que privilegiassem a construção de valores ancorados em fundamentos de ética, direitos humanos e na igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres em situações de conflitos de gênero.Profª Valéria Arantes


A pesquisa realizada por Valéria Arantes, visa resolver conflitos de gêneros dentro do ambiente escolar.
O processo de ensino aprendizagem baseado na resolução de problemas requer a sistematização de Omo os alunos realizaram as análises e a elaboração dos encaminhamentos para as possíveis soluções.
Assim, estaremos ensinando nossos alunos a resolver conflitos, desenvolvendo a sua inteligência social e emocional, levando-os a construírem a sua própria realidade, através do protagonismo juvenil.
A proposta da intervenção da Profª Valéria  para o cotidiano escolar e de suas relações com os conteúdos educativos e com a comunidade , visava promover a compreensão das situações de conflitos de gênero.
·   Planejamento de ações (realizado uma vez por semana em conjunto com  professor e alunos)
  • ·         Fórum escolar de ética e cidadania
  • ·         A Pedagogia de projetos
  • ·         Trilhas, mapas  e roteiros – mapeamento das reais da comunidade;
  • ·         Capacitação de professores.


Assim, na fase da investigação procurou pela busca de dados qualitativos e quantitativos que permitissem “avaliar” os resultados da intervenção.

Metodologia da investigação:
  • ·         Observações diretas e indiretas(Dentro e fora da escola);
  • ·         Diários de campo;
  • ·         Entrevistas orais e por escrito;
  • ·         Questionários abertos;
  • ·         Relatórios de professores-bolsistas sobre seus sub-projetos.


Para o Programa de ética e Cidadania do MEC, A Profª Valéria, escreveu também “Gênero, ética e sentimentos: A resolução de conflitos no campo daeducação“, Onde cita que:

 “...defendemos que um programa educacional de ética e cidadania deve abordar questões de gênero, de forma a evidenciar os “pactos” velados contidos nos conflitos interpessoais. Deve, ainda, promover o diálogo no cotidiano escolar, pois, através dele, criar-se-ão “novos e diferentes olhares” para aquelas práticas que foram, coletivamente, naturalizadas.”