quarta-feira, 26 de setembro de 2012

VA_3_Educação e Construção de Valores



O juízo moral na criança


Nesta aula discutimos as relações entre o ambiente escolar democrático e sua influência nos processos de desenvolvimento da cooperação e do juízo moral infantil. O ponto de referência é a teoria de Jean Piaget e seu livro de 1932, O juízo moral na criança. Profº Ulisses Araújo.


Segundo Jean Piaget o juízo moral é formado por três etapas que não necessariamente sigam esta ordem de desenvolvimento, nem ao menos que há idades cronológicas adequadas para que cada uma delas se conclua.
Vemos adultos na fase da anomia, por exemplo, sem que nunca seguem a autonomia.

ANOMIA 
HETERONOMIA
AUTONOMIA
A: negação
NOMIA: regra, lei
A lei, a regra vem do exterior, do outro
Capacidade de governar a si mesmo
ANOMIA
HETERONOMIA
AUTONOMIA
Bagunça
Devassidão
Libertinagem
Dissolução
Medo
Autoritarismo
Imposição
Castigo
Prêmio
Respeito unilateral
Autocracia
Tirania
Cooperação
Amor
Respeito mútuo
Afetividade
Livre-arbítrio
Democracia
Reciprocidade
Lei Causa e Efeito



Para Jean Piaget:

"Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o individuo adquire por essas regras."


Dentro do ambiente escolar vemos muito as distorções da moral que cada aluno carrega consigo, referência dos diferentes lares, onde essas crianças são criadas. Há um enorme abismo nos dias de hoje, entre as regras impostas dentro do ambiente escolar e as regras que as crianças tem em suas casas. Muitas vezes essas crianças nos chegam sem limites, e sem o conhecimento de regras básicas de convivência, como o respeito pelo espaço do próximo.
Vemos na escola hoje, uma geração de pais que ainda não atingiram a fase da Autonomia, estando muitas vezes na fase Heteromia, quando não conseguem criar seus filhos com imparcialidade e julgamento da ações desse filho corretamente. 


VA_2_Temas _Transversais

Os Caminhos da Interdisciplinaridade



No caminho percorrido pela história das ciências, propostas interdisciplinares, multidisciplinares e transdisciplinares tiveram sua importância na construção de novos paradigmas. Nesta aula vamos tratar desse tema, e suas possíveis aplicações em sala de aula. Profº Ulisses Araújo

Disjunção - separação entre os diversos tipos de conhecimento. Criação das disciplinas. 
Redução - do complexo ao simples. Analise-se a parte como se fosse o todo.
Abstração - matematização e formalização da ciência 3 movimentos de superação da Disciplinarização:



  • Transdisciplinaridade: refere-se a temáticas que ultrapassam a própria articulação entre as disciplinas 
  • Multidisciplinaridade: ocorre quando um determinado fenômeno a ser analisado solicita o aporte de várias disciplinas para explicá-lo. No entanto, essas disciplinas não dialogam entre si.
  • Interdisciplinaridade: é um fenômeno comum a duas ou mais disciplinas ou campos de conhecimento, mas em seu estado, os participantes estabelecem diálogo entre si.


No vídeo abaixo podemos ver um exemplo claro de como as disciplinas podem conversar entre si:



A partir de uma tartaruga os alunos foram incentivados a buscar conteúdos dentro das diversas disciplinas.

Hoje um dificultador de conseguirmos a Interdisciplinaridade dentro das escolas são os currículos unificados, que não nos permitem criar os links necessários entre as várias disciplinas a fim de que a correlação de conteúdos aconteça naturalmente.

Há sempre a necessidade da criação de projetos, muitas vezes como apêndices aos currículos oficiais, afim de garantir um trabalho interdisciplinar dentro das unidades escolares brasileiras.

Nesta corrente os docentes também não estão muitas vezes preparados para trabalharem desta forma, pois não estudaram, nem foram formados vendo a interdisciplinaridade funcionar na prática.

sábado, 22 de setembro de 2012

VA_1_Temas_Transversais

As Revoluções Educacionais

Quais os objetivos da educação? A quem se destina? Como as transformações sócio-político-econômicas vêm influenciando a busca da qualidade na educação? Essas questões são abordadas nesta vídeo-aula. Profº Ulisses Araújo


Desde a História Antiga, temos na educação o grande ponto para o avanço das civilizações. Nesta época um único professor, se dedicava a um único aluno, geralmente o herdeiro do poder do estado. Com o passar dos tempos esta característica se manteve, onde somente os mais privilegiados tinham o direito de ter acesso a educação.E os professores dedicavam-se a instruir esses pupilos com os aprendizados das gerações passadas.
A igreja teve seu grande papel também a partir da era Cristã, onde a responsabilidade da educação foi conferida aos sacerdotes católicos. E somente os meninos poderiam estudar, pois as meninas eram treinadas apenas para serem esposas, não tendo nenhum direito ao conhecimento.

Já a partir do século XVIII, na segunda revolução, começamos a ter uma escola mais homogenizada, as meninas passar a ter direito a educação e as salas de aulas não privilegiam a mais ninguém, todos são iguais. O professor detentor de todo o conhecimento segue a frente da classe, proferindo seus ensinamentos.


Já na terceira revolução, verificamos a universalização da educação, trazendo pontos importantes como a educação para todos e a inclusão .




No Brasil, essa universalização da educação ainda caminha a passos lentos, uma vez que as escolas nacionais não estão em sua totalidade preparadas para receber todas as crianças. Encontramos ainda muitas escolas sem condições alguma de operarem dignamente, o que dirá promover uma educação de qualidade.
Percebo principalmente na escola pública do Estado de Sp, onde atuo que a universalização da educação trás na prática mais problemas do que soluções. temos por exemplo as crianças que necessitam de cuidados especiais, sendo matriculadas em escolas regulares onde o estado não disponibiliza docentes devidamente formados e habilitados para propiciarem o devido desenvolvimento a estes alunos.