quarta-feira, 31 de outubro de 2012

VA_10_Temas_ Transversais

Interdisciplinaridade e Transversalidade na Educação


A UNIVESP TV produziu um programa especial para o curso ética, valores e saúde na escola: Interdisciplinaridade e transversalidade na educação. Nesse programa, especialistas como Nilson Machado, Pablo Mariconda e Edgar Morin discutem conceitos como interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e transversalidade, e são apresentados exemplos de projetos escolares apoiados nessas concepções teóricas.


Uma prática pedagógica inovadora deve utilizar conceitos de interdisciplinaridade e transversalidade. O gráfico acima, demonstra algumas relações que podemos realizar em sala de aula com os diversos conteúdos que as várias disciplinas regulares possuem.

Na escola deve-se aprender a ler, e essa leitura deve ser do mundo, segundo Paulo Freire: 
"a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra"

Para o professor Ari Paulo Jantsch, professor do departamento de Estudos Especializados em Educação, do Centro de Educação da UFSC, e autor de "Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito", criou os modelos abaixo para explicar os diversos conceitos.


Por muito tempo a escola clássica seguiu o modelo de estudo proposto por Descartes, o método científico, onde era necessário fragmentar o fenômeno a ser estudo, em pequenas partes mais simples, e a partir desse conhecimento, ir realizando a junção até atingir o todo novamente.

A problemática nesse tipo de organização de estudo, é que não se criou um modelo para realizar esta junção dos estudos simplificados das partes.

Para Edgar Morin método cientifico é equivocado, e assim propõe essa religação dos saberes, em sua Carta da Transdisciplinaridade.



VA_09_Temas_ Transversais

CIÊNCIA E EDUCAÇÃO


O Professor Luis Carlos de Menezes, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, discute as aproximações entre ciência e educação, demonstrando como a vida cotidiana pode inspirar o pensamento científico.

O ensino da disciplina de Ciências na Educação Básica deve seguir a alguns aspectos. Nesta vídeo-aula são citados 3 destes aspectos:

Ciência como linguagem: os alunos devem ter informações necessárias para compreender as simples funções realizadas no dia-a-dia, como a leitura e interpretação de dados científicos encontrados em vários locais, como jornais, noticiários, rótulos de produtos, manuais, etc.

Ciência como instrumental prático: a compreensão da linguagem científica nem sem basta para que os alunos enxerguem a real dimensão dos aspectos científicos. A experimentação dos fenômenos muitas vezes é necessário para que os alunos vivenciem a prática, e assim, se apropriem de conhecimentos, necessários para relacionar aspectos reais e cotidianos.

Ciência como visão de Mundo: o cotidiano dos alunos está permeado por diversas tecnologias, que seriam incompreensíveis se estes alunos não possuíssem os conhecimentos científicos pautados diante os bancos escolares. O manuseio de equipamentos eletrônicos, a utilização da eletricidade nas rotinas domésticas mais simples devem servir aos professores como instrumental de aprendizado.

Neste sentido, onde a curiosidade deve ser uma ferramenta importante para o processo de ensino-aprendizagem, a utilização de grupos de estudo dentro das salas de aula é muito oportuno. O estabelecimento do trabalho de observação e experimentação em pequenos grupos, e ao final da aula compartilhar as informações obtidas pelos próprios alunos, faz com que o aprendizado se torne significativo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

VA_6_ Temas_Transversais

Temas transversais em Educação


Esta vídeo-aula está organizada em dois momentos diferentes: no primeiro, apresenta as diferentes concepções de transversalidade na educação, bem como as diferentes formas de trabalhá-las no cotidiano escolar; no segundo momento, apresenta um projeto transversal e interdisciplinar desenvolvido numa instituição escolar. Profª Valéria Arantes


Diferentes concepções de transversalidade

1. disciplinas são o eixo vertebrador do currículo;

-atividades pontuais

-disciplinas, palestras e assessorias dobre os temas transversais

-oferecimento de projetos interdisciplinares sobre temas transversais

-a transversalidade deve estar incorporada nas próprias disciplinas

-a transversalidade é trabalhada como curriculo oculto




2. As temáticas transversais são o eixo vertebrador do curriculo

-os conteudos tradicionais deixam de ser a finalidade da educação e passam a ser concebidos como meio pata se trabalhar os temas transversais.

-as temáticas que objetivam a educação em valores tornam-se o eixo vertebrador do sistema educativo, em torno dos quais serão trabalhador os conteúdos curriculares tradicionais.

3. novas metáforas para a transversalidade

-estratégias que vão além da compartimentalização disciplinar.

-estratégias que tiram a escola de seu isolamento, conectando-a com o mundo externo.

No vídeo abaixo, Regina Migliori, consultora em Cultura de Paz da Unesco e presidente do Instituto Migliori, fala sobre a conceituação da partícula: "TRANS" e suas intenções.


Esse vídeo nos relata a forma com as pessoas se organizam e se "disciplinam" conforme a conceituação iniciada no séc XVII por Descartes, quando disse: "Penso logo existo".
Hoje esse pensar está veiculado a forma criativa, e não só relacionado ao raciocinar.
Nele a autora fala sobre a inclusão de todos as dimensões orgânicas no desenvolvimento do conhecimento, onde temos muitas visões da realidade.

VA_5_Temas_Transversais

O conceito da transversalidade

Nessa vídeo-aula o conceito de transversalidade será abordado considerando os objetivos da educação, bem como os avanços paradigmáticos da ciência e suas relações com a construção da democracia, da justiça e do bem-social. Proº Ulisses Araújo

Novos sentidos para a educação e a ciência

-os avanço paradigmáticos da ciência podem não ser suficientes para se construir a democracia, a justiça e o bem estar.

Objetivos da educação

-instrução: conteúdos definidos por cada cultura/sociedade

- formação ética e moral - cidadania

O conceito de transversalidade na educação

-temáticas que atravessam, que perpassam os diferentes caminhos do conhecimento

-temáticas ético-politico-sociais, atreladas à melhoria da sociedade e da humanidade.

Temas transversais


-voltados para a educação de valores-buscam dar respostas aos problemas que a sociedade reconhece como prioritários e preocupantes.
-estão abertos à incorporação de novos temas e problemas sociais.

Esses temas, apesar de previstos em legislações nacionais e estaduais, pouco são desenvolvidos efetivamente em salas de aulas pelo pais. Mais uma vez os currículos esquecem-se de referenciar aos Temas Transversais, e estes acabam passando desapercebidos durante o ano letivo. Esses conceitos são lembrados poucas vezes, em datas especificas, ou em projetos isolados, sem continuação.

VA_4_Educação e Construção de Valores


A escola e a construção de valores


Pensar na construção de escolas democráticas que almejem a construção de personalidades morais nos leva a compreender alguns dos diversos fatores que interferem neste processo dentro do cotidiano escolar. Sua identificação auxilia na compreensão da complexidade das relações presentes no cotidiano escolar e na busca por formas mais realistas de intervenção na educação para a cidadania. Os aspectos identificados, que serão abordados nesta video-aula, são: os conteúdos escolares; a metodologia das aulas; o tipo e natureza das relações interpessoais; os valores; a auto-estima e o auto-conhecimento dos membros da comunidade escolar; e os processos de gestão da escola. Profº Ulisses Araújo

Hoje as escolas buscam a formação de cidadãos plenos e autônomos, e para isso há a necessidade da criação de escolas democráticas, que criem espaços de discussão e reflexão.
Porém, temos um currículo o qual não privilegia a formação de valores ou de cidadania, e essa é uma preocupação que precisa entrar no planejamento das aulas.

Temos assim, alguns pontos que necessitam ser revistos/incluídos, para que uma formação de valores seja privilegiada dentro do ambiente escolar:


1. Conteúdos Escolares: estes que muitas vezes são oriundos de currículos previamente definidos por um sistema que nem sempre é adequado a determinadas regiões ou comunidades. Cabe então ao docente, em sala de aula, adequar a sua práxis.

2. Metodologias das Aulas: a formação continuada dos docentes é fundamental para que as metodologias adotadas em sala de aula sejam as mais eficazes possíveis. Temos hoje na grande maioria dos sistemas a promoção de espaços formativos para os docentes dentro das próprias unidades escolares, o que nos serve muito no debate sobre as metodologias utilizadas.

3. O trabalho intencional com valores: este é um outro aspecto não contemplado pelos currículos oficiais dos grandes sistemas educacionais brasileiros. Se faz necessário, que o docente tenha a habilidade de relacionar aos seus conteúdos disciplinares a discussão que propicie a formação de valores nos alunos.

4. Relações interpessoais: talvez esse aspecto seja um dos mais necessários nos dias de hoje ao se entrar num ambiente escolar. A diversidade social que encontramos nas salas de aulas de nossa escolas, faz com que o docente desenvolva a mediação de conflitos interpessoais, tanto entre alunos como entre os demais profissionais.

5. Auto estima: esse com certeza é um problema de difícil equalização. São alunos oriundos de lares desajustados, sem nenhuma auto-estima, professores com baixos salários, em jornadas duplas, ou triplas de trabalho, sem o devido reconhecimento de seus empenhos. E esta ciranda se torna um círculo vicioso, onde um não consegue estimular e incentivar o outro a trabalhar melhor, criando um ambiente  propício ao desenvolvimento da aprendizagem.

6. O auto conhecimento: é necessário que haja um equilíbrio emocional dos personagens envolvidos nesta nossa escola, afim de garantir que o objetivo final, que é a criação de cidadãos plenos, seja alcançada. Todos devem ser capazes de saberem reconhecer em si próprios seus sentimentos e suas emoções.

7. Gestão escolar



Um dos pontos cruciais nesse processo de adequação das unidades escolares se diz respeito a gestão escolar, onde temos ainda espaços não democráticos, com muitas regras que não são discutidas pela comunidade escolar, e sim impostas de cima para baixo.
Em segundo lugar temos os conteúdos escolares, que tratam somente de conteúdos teóricos, não dando espaço para a formação de valores.
Quanto as estratégias desenvolvidas em sala de aula, há muito que se discutir, pois apesar de termos muitos discursos acerca do uso de TIC's, falta à maioria dos docentes  capacitação adequada.
Já quando nos referimos aos itens acima enumerados de 3 a 6, temos um problema muito maior do que somente a formação do profissional em educação. Há de se ter profissionais, com sua capacidade cognitiva bem desenvolvida, a fim de perceber como se relacionar com vários alunos diferentes entre si. Com autoconfiança suficiente a conferir aos alunos a capacidade de confiar naquele que os ensina, e segui-lo como modelo.