quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ATPC - 28/08/2013

Caros Professores, 

A indicação do debate desta semana veio por meio do Profº James.

Iremos debater uma temática polêmica: Aprovação Automática.

O prefeito da cidade de São Paulo, a exemplo de algumas outras cidades brasileiras, está tentando extinguir a aprovação automática através de um programa educacional.

Assim,  foi criado o Programa Mais Educação São Paulo, onde dentre várias ações, a pretensão de possibilitar a retenção do aluno ao final de cada Ciclo: 3º ano, 6º ano e 9º ano, bem como no 7º ano e 8º ano do Ensino Fundamental.

Essa é uma medida que o Secretário da Educação do Estado de São Paulo também já aventou ser favorável.

A partir do material proposto, pedimos que se posicione se é contra ou a favor do término da Aprovação Automática, no Estado de SP chamada de Progressão Automática.

Para o debate assista o vídeo com várias opiniões de professores e pais de aluno:  clique aqui

Leia as argumentações de CESAR CALLEGARI, 60, sociólogo, é secretário de Educação do município de São Paulo que se posiciona: A FAVOR   

E conheça também a opinição contra de OCIMAR MUNHOZ ALAVARSE, 53, é professor de avaliação de sistemas educacionais da Faculdade de Educação da USP e conselheiro suplente do Conselho Municipal de Educação de São Paulo: CONTRA


Bom trabalho!!!!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

VA_24_Educação_Especial

Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Resgatar norteadores da formação docente, além de modelos de ensino. Evidenciar os conflitos que tais modelos implicam na educação de pessoas com as necessidades especiais, tanto pela necessidade de implementação e auxílio de novas lógicas e tecnologias (deficiências físicas e sensoriais) como de repensar metas centrais da escola (deficiências intelectais).


VA_23_Educação_Especial

A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

Desenvolvimento de pessoas com necessidades especiais – a questão da plasticidade neurológica em sua intrínseca relação com o papel do meio.



VA-20_Educação_Especial

A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos

Desenvolvimento segundo a perspectiva histórico-cultural, particularmente a partir das noções da rede de significações, em que se considera o papel fundante do outro, do contexto e da cultura, na interrelação biológico-cultural

As crianças na escola, mais do que tudo criam intuitivamente a sua rede de significações, e a relação biologia-cultural tem importante papel nessa fase.

Os docente necessitam criar meios de realizar observações contínuas dos alunos, e rompendo o paradigma de efetuar comparações com o restante da turma ou da família.

Surge nesse cenário a figura do Mediador.

Precisamos observar em nossa crianças:
  • quem cuida e o modo como cuida
  • contextos cultural e socialmente regulados
Temos então múltiplas dimensões:
  • o tempo presente, ou microgenético
  • o tempo vivido, ou ontogenético
  • o tempo histórico, ou cultural
  • o tempo prospectivo, ou orientado para o futuro
  • pode levar a crises, desencontros e conflitos.

Aspectos cotidianos a serem observados:
  • Frequência e tipo de contato
  • forma como manipulam as crianças
  • locais em que a colocam e posturas que promovem
  • posição do adulto com relação à criança
  • relação estabelecida
  • se e como introduzem a criança à outras pessoas
  • grau de autonomia
  • se e como intercedem em situações de dificuldades
Temos então, após as relações serem firmadas, os seguintes fenômenos:
  • promoção de certas práticas sociais
  • delimitam zonas de atuação na interação;
  • impulsionadora em determinadas direções e aquisições, ao mesmo tempo em que distancia ou, mesmo, impede ou interdita outras.

VA_19_Educação_Especial

O todo pela parte

A questão ética, os valores e os preconceitos: relação professor - aluno e o estigma. Buscando quebrar certezas!

Abaixo a uma estória que ilustra esta aula:


Destaca-se na estória alguns pontos:

  • Características pessoais que temos podem ser exaltadas ou não
  • Podemos aprender com outras pessoas
  • Há alguns atributos que são mais valorizados que outros

 "Situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena." (Goffman)
Assim, temos que o estigma é uma relação entre duas pessoas , pois envolve a aceitação de uma pela outra e vice-versa. Na escola temos essas relações entre as crianças muito forte, e é preciso ensiná-las a conviver com as diferenças.


VA_16_Educação_Especial

Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

Apresentação de pesquisa que evidencia e discute as múltiplas e conturbadas trajetórias de pessoas com necessidades especiais, que culminam com a busca pela Educação de Jovens e Adultos.


VA_15_Educação_Especial

Como anda a educação especial no país?

Deverão ser apresentados dados da educação especial e inclusiva no Brasil, segundo o MEC. Ainda, segundo algumas pesquisas, mostrando os avanços e limites do processo em diferentes cidades brasileiras.



VA_12_Educação_Especial

Como vem sendo organizada a educação especial no país?


Estruturação dos serviços para crianças e jovens com necessidades educacionais especiais: a escola especial, escola regular, sala de recursos, classe especial e AEE, dentre outros.



VA_11_Educação_Especial

Legislações, declarações e diretrizes

Apresentação de uma série de referências legais, que não só colocam em pauta a questão da inclusão enquanto direito, como instrumentaliza as escolas e os professores para receber e trabalhar com alunos com deficiências.

As legislações internacionais são oriundas de um contexto histórico e sociais, frutos de embates trazendo vários avanços:

1944
Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU);
1990
Conferência Mundial da Educação para todos (ONU);
1994
Declaração de Salamanca- Princípios, Políticas e Práticas em Educação Especial.

No Brasil temos uma evolução legislativa, como abaixo:

1988
 Constituição reafirma o direito das pessoas especiais em receber a educação pública
1996
LDB (Lei 9.394/96);
2000
(Lei 10.098) Acessibilidade ;
2001
Plano Nacional de Educação;
2001
Decreto 3.956- Eliminação de todas as formas de discriminação a pessoa com deficiência;
2002
 Lei 10.436- Reconhecimento de ”Línguas";
2007
Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva (União Estado e Município) (Educação Especial como apoio ao sistema regular de ensino);


Nos dias atuais ainda convivemos com a problemática de garantir a operacionalização dos pontos legislados, se faz necessário que neste ponto tenhamos outras preocupações, pois as leis já foram criadas, é o momento de focarmos na fiscalização e no suprimento de ferramentas necessárias para o efetivo trabalho em sala de aula.

VA_08_Educação_Especial


Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial

Apresentar práticas e discursos construídos histórico-socialmente relacionados à Educação Especial e Inclusiva, frutos de diferentes movimentos sociais. Dialogar noções de justiça da participação de pessoas com necessidades especiais na escola com algumas das tradicionais noções da função da escola.
Desde a nossa colonização a educação sempre foi um ato do estado, ora ofertado pela igreja, e depois institucionalizado pelo governo.
Até os anos 50, tínhamos cerca de metade de nossa população analfabeta e escolas precárias, onde somente a elite tinha oportunidade de estudar e formar-se.
A partir da Constituição Federal de 34 a educação passa a ter o caráter obrigatório e gratuito fornecido pelo Estado.
Nos anos 50 temos os primeiros cursos de formação de docente com enfoque no atendimento a crianças especiais.
Após vinte anos ainda temos no Brasil o atendimento a estes alunos especiais separadamente, em unidades isoladas das de ensino regular.
Com a Declaração de Salamanca em 1994 temos uma reforma na educação e a inclusão dos alunos especiais em classes de ensino regular é citada.

VA_07_Educação_Especial


Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão.

Analisar e discutir dificuldades de desempenho das premissas éticas propostas pela constituição, LDB e outros documentos, em função de dificuldades de organização institucionais e dos próprios valores e preconceitos.



VA_04_Educação_Especial

Ética e Saúde a escola

Definir “alunos com necessidades educacionais especiais”. Afunilar esse grupo em função de especificidades relacionadas ao campo da saúde – as deficiências, os transtornos e as síndromes.

VA_03_Educação_Especial

Ética e valores na ação educativa

Retomar pontos sobre ética e valores, estudados nos dois primeiros módulos. A meta será direcionar a discussão desses pontos considerando-os em relação à formação e valores dos professores.
Estamos retomando conceitos e reflexões do início deste curso, afim de direcionarmos as nossas reflexões sobre a formação de valores dos docentes.


Abaixo caraterizamos as 3 revoluções da educação ao longo do tempo:








A escola necessita agora de ferramentas e material humano bem desenvolvidos e sincronizados para o atendimento pleno dos alunos
Novos desafios para o professor:
- estabelecer parcerias;
- conhecer a própria história;
- buscar conhecimentos para romper com a naturalização da exclusão;
- pesquisar e estabelecer novos aparatos metodológicos.

VA_22_Profissão_Docente

O professor leitor

Ler é atividade fundamental na formação docente. Não só pela ampliação de vocabulário e repertório. O exercício da leitura leva à prática da interpretação, da crítica e da autotranscendência.

VA_21_Profissão_Docente


A complexidade da constituição docente


A aula procura delinear a complexidade da constituição docente, colocando em evidência os aspectos intrínsecos e extrínsecos do “ser professor”, as condições de trabalho, os fatores de satisfação e insatisfação. Entre a realidade profissional e as perspectivas de uma ação transformadora, é possível vislumbrar limites e possibilidades da prática pedagógica.


VA_18_Profissão_Docente

A escola e as instituições culturais

Na educação escolar em geral cumpre-se os requisitos da formação cultural contemporânea ao se fazer interface com as instituições culturais, assim o aluno relaciona a arte que faz e aprende na escola àquela que ocorre em diferentes práticas sociais.

A escola deve propiciar aos alunos o conhecimento pleno da cultura não só local, mas procurar situar os alunos no mundo demonstrando a sua riqueza cultural.

No estado de São Paulo,há essa preocupação, temos o programa Cultura é Currículo integra o conjunto de ações definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo para concretização da sua política educacional, visando propiciar melhor qualidade de ensino da escola pública estadual.
Três objetivos específicos norteiam o projeto:
• A democratização do acesso de professores e alunos da rede pública estadual a equipamentos, bens e produções culturais que constituem patrimônio cultural da sociedade, tendo em vista uma formação plural e a inserção social;
• O fortalecimento do ensino por meio de novas formas e possibilidades de desenvolvimento dos conteúdos curriculares em articulação com produções socioculturais e fenômenos naturais, diversificando-se as situações de aprendizagens;
• Desenvolvimento da aprendizagem por meio de interações significativas do aluno com o objeto de estudo/conhecimento de disciplinas, reforçando-se o caráter investigativo da experiência curricular. 


Abaixo temos uma reportagem realizada com uma dessas visitas realizada pela minha escola, por meio desse projeto no parque Eco Polis, no Guarujá.

VA_17_Profissão_Docente

O professor e a cidade educadora

A arte de qualidade artística presente nas ruas pode ser estudada de modo sistemático no currículo das escolas. Isso efetiva o diálogo entre a vida cotidiana dos alunos e sua vida escolar, além disto, aperfeiçoa e educa o olhar para a cidade.


A cidade educadora é um amplo espectro que o professor tem em suas mãos para propiciar um aprendizado contextualizado e enriquecedor aos seus alunos.

Em Santos onde vivo e leciono, há um projeto muito interessante da prefeitura:


Alguns dos Projetos

 Cultura Popular

 Centros da Juventude/Artessência

 Programa de Valorização do Idoso – Projeto Vovô Sabe Tudo

 Educação Ambiental Vouvolto – Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos

 Inclusão Digital/Centro da Juventude

 Linguagens e Diálogos Familiares/ Centros Comunitários

 Profissionais do futuro

 Oficina Auto-estima

 Programa de Inclusão Cidadã - FÊNIX

 DR. + SAÚDE

 Jornal Escola

 Gente é pra brilhar

 Escola Total

 Pra ver a banda tocar

 Gestão Ambiental - CITROSUCO

 Programa de Valorização do Idoso

 Inclusão Social da População em Situação de Rua

 C0-ligação

 Omelca

 Educação para o trânsito

 Chorinho no Aquário

 Música na XV


Todos esses projetos são abertos a toda comunidade da cidade, e gratuitos, muitos com capacitações periódicas aos professores.

Em setembro deste ano na escola em que trabalho faremos um mostra de trabalhos dos alunos inspirados nas personalidades santista que dão nomes as nossas ruas e praças.
o objetivo desse projeto é trazer a história de nossa cidade para dentro de sala de aula, em um projeto interdisciplinar.

VA_14_Profissão_Docente

Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente

Com base nos referenciais teóricos de Piaget e Vygotsky, a aula pretende colocar em evidência a dimensão sociocultural da aprendizagem e ainda explicar a dinâmica dos processos cognitivos.
Podemos citar que existem alguns mitos sobre a aprendizagem como que ela seja uma conseqüência do ensino e que ela se realiza em partes, que podem ser controladas linearmente e acumulativamente . e ainda que aprender é diferente da utilização do conhecimento.
  
Como se realiza a construção do conhecimento?

Para Piaget, segundo Almeida e Alves1:
Fica claro que essa teoria vê o sujeito como ser ativo, por isso é uma teoria organicista, em que o conhecimento é resultado de uma assimilação que dá forma aos  objetos em seus esquemas, como também é interacionista, à medida que percebe que a  criança constrói o seu conhecimento a partir das interações com o mundo.

 Para Vygotsky, segundo Almeida e Alves1:

Um ponto central da teoria vygotskiana é o conceito de mediação. Em termos genéricos, é o processo de intervenção de elementos numa relação. Todavia, esse estudo destaca que a relação do homem com o mundo não se dá em uma relação direta, e, sim, em uma relação mediada por funções psicológicas superiores, que organizam o processo de mediação entre o homem e o mundo real. Esse processo de mediação representa um filtro, por meio do qual o homem será capaz de ver o mundo e operar sobre ele, com o auxílio de mediadores. Esses mediadores são instrumentos, e os signos têm características diferentes e introduzem um elo a mais na relação organismo/meio.


Implicações para o ensino:

  • Intervenção docente: a aprendizagem pode ser espontânea, mas pode ser otimizada pelo professor.


Ação do professor:
  • Propor problemas;
  • Desestabilizar concepções prévias;
  • Favorecer interação para a busca de soluções;
  • Favorecer situações de observação, experimentação e pesquisa;
  • Favorecer o debate, a reflexão, a criação, a consciência, o saber responsável, o registro e a sistematização do conhecimento;
  • Propor novos problemas.

  

1.ALMEIDA, Fábia; ALVES, Marinêz. POSSIBILIDADES PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HUMANO.

VA_13_Profissão_Docente

A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor
Rejeitando as explicações reducionistas sobre a não aprendizagem, a aula tem como objetivo discutir a produção do fracasso a partir das relações entre o aluno e o mundo, o mundo e a escola, a escola e o aluno. Nesse contexto complexo, é possível vislumbrar tanto a lógica do não aprender como o risco de aprender.

O fracasso escolar pode ser atribuído á uma série de fatores, internos e externos aos muros escolares.
Três relações podem ser destacadas nesse processo de
1- Relação aluno/mundo: existe uma oposição entre os valores sociais (capitalistas)  e a aprendizagem; o mundo oferece vários atrativos, e a escola? É desafio resgatar o valor do conhecimento como bem necessário e prazeroso;

2- Relação mundo/escola: o que ensinamos e o que devemos ensinar? Muitas mudanças ocorreram na sociedade atual, mas a escola parou no tempo. Mesmo bem intencionada a escola não está em sintonia com o mundo e por isto, quase nada do que se ensina no ambiente escolar tem significado para os alunos; é necessário levar e o conhecimento para fora dos muros da escola e buscar para dentro da mesma o conhecimento existente na sociedade.

3- Relação aluno/escola: cabe nesta relação questionar como a escola ensina e se ensina por que o aluno não aprende?  Na maioria dos casos, as metodologias utilizadas não alcançam os interesses, necessidades ou processos cognitivos dos alunos; as práticas mecânicas, a constante tensão da relação professor aluno (indisciplina, baixa aprendizagem, falta de respeito mútuo) e a desconsideração à diversidade cultural, certamente, também são fatores que favorecem o fracasso escolar.


No vídeo abaixo temos a apresentação dos resultados de uma pesquisa realizada no Universidade Federal de Pernambuco, que traduz ainda mais os fatores relacionados acima, comprovando ser um fenômeno social.

VA_10_Profissão_Docente

A relação entre professor e aluno

A experiência pedagógica se realiza como experiência bidirecional, criando uma atmosfera em que se cultivam o respeito mútuo, a curiosidade, o espírito de pesquisa, o diálogo, a busca das verdades e dos valores.

A comunicação bidirecional é a chave para que professor e aluno alcancem os objetivos do processo de ensino-aprendizagem.

A Pedagogia do Encontro de López sintetiza esse pensamento:

"Toda a relação de encontro implica apelações e respostas: convidas-me a dar um passeio por um determinado lugar e eu acedo a isso, mas indico que seria preferível fazê-lo noutro sítio. A minha resposta é, portanto, um apelo que te dirijo. O esquema que estrutura o encontro não é 'linear' (acção-paixão) mas 'reversível' (apelo-resposta). Apelar significa convidar a assumir activamente um valor e realizá-lo na própria vida. Daqui se depreende que o encontro não se dá de modo automático ao anular as distâncias e fundar uma relação de vizinhança. Exige um intercâmbio de possibilidades, e este não se dá quando os objectos se justapõem mas quando dois ou mais âmbitos de realidade se 'intercalam', i.e., tomam iniciativas conjuntamente e colaboram na mesma tarefa. Essa forma de vinculação tem de ser criada livre e esforçadamente, porque coloca determinadas condições. Se duas ou mais pessoas não as cumprem, podem conviver durante longo tempo sem se encontrar nem uma só vez" (López Quintas, 1996: 48).


Na apresentação abaixo temos a discussão sobre vários aspectos da relação professor-aluno que devemos ter em mente quando estamos em sala de aula.

VA_09_Profissão_Docente

Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas

Partindo do pressuposto de que a prática pedagógica não é neutra, a aula tem como objetivo apresentar as relações entre as concepções de mundo, homem e educação, procurando evidenciar as tendências do ensino.



VA_06_Profissão_Docente

O professor e a diversidade cultural na sala de aula

Ensinar sobre a diversidade das culturas promove a construção da identidade artística e estética dos estudantes com base no conhecimento e no valor da própria cultura e das demais respeitando-as.


Ao abordar a pluralidade cultural do Brasil, o professor deve promover no aluno o sentimento de valorização cultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra.

Deve-se esclarecer o conceito de cultura e citar os principais elementos que configuram a cultura de um determinado local. Questione os alunos sobre os aspectos culturais do Brasil e os principais povos responsáveis pela disseminação cultural.


Abaixo retranscrevemos as características do professor Multicultural, conforme Quadro I
1:
“1. Encara a diversidade cultural como fonte de riqueza para o processo de ensino de ensino/aprendizagem;
2. Promove a rentabilização de saberes e de culturas;
3. Toma em conta a diversidade cultural na sala de aula tornando-a condição da confrontação entre culturas;
4. Refaz o mapa da sua identidade cultural para ultrapassar o etnocentrismo cultural;
5. Defende a descentração da escola – a escola assume-se como parte da comunidade local;
6. Conhece diferenças culturais através do desenvolvimento de dispositivos pedagógicos na base da noção
de cultura como prática social.
Pressupostos estruturantes:
• Cidadania baseada na democracia participativa
• Igualdade de oportunidades – sucesso
• Escola Democrática”


1.STOER, Stephen R. A ESCOLA DEMOCRÁTICA ATRAVÉS DO «CAMPO DA RECONTEXTUALIZAÇÃO PEDAGÓGICA».

VA_05_Profissão_Docente

O papel do professor na mediação cultural

A produção sócio-histórica da arte configura-se como patrimônio cultural de direito a ser aprendido nas escolas, cuja assimilação e valorização pelos estudantes requer a mediação dos professores.

O professor deve ser o facilitador entre a inteligência latente dos seus alunos e os conceitos a serem apreendidos na educação formal escolar.

Os ensinamentos científicos adquiridos através de mediação cultural que tem seu fulcro em um conjunto de conhecimentos das vivências cotidianas dos alunos, como citado por Líbaneo:
“Frente às necessidades educativas presentes, a escola consolida-se cada vez mais como lugar de mediação cultural, visando a assimilação e reconstrução da cultura. A pedagogia, ao viabilizar a educação, constitui-se como prática cultural, uma forma de trabalho cultural, que envolve uma prática intencional de produção e internalização de significados. O modus faciendi da mediação cultural, pelo trabalho dos professores, é o provimento aos alunos dos meios de aquisição de conceitos científicos e de desenvolvimento das capacidades cognitivas e operativas, dois elementos da aprendizagem escolar interligados e indissociáveis”.1
Temos ainda em Cole(1993) que as experiências dos alunos são essenciais ao trabalho de sala de aula:
“ Daí são deduzidas as teses da mediação pelos artefatos culturais ideais e materiais da relação entre os seres humanos e o mundo físico e social, o papel dessa mediação cultural na modificação das funções mentais e o vínculo dos processos psicológicos com a atividade prática. Em resumo, “a mediação cultural e o fato de que o pensamento se funde na atividade implicam a especificidade contextual dos processos mentais”.2







1. LIBÂNEO, José Carlos. O essencial da didática eo trabalho de professor–em busca de novos caminhos. 2009.
2.COLE, M. Desarrollo cognitivo y educación formal: comprobaciones a partir de La investigación transcultural. In: MOLL, L. C. Vygotsky y la educación. Buenos Aires: Aique, 1993.

VA_02_Profissão_Docente


A ação educativa ao longo da trajetória escolar

- A criança na Educação Infantil e as implicações educativas;
- A criança no Ensino Fundamental e as implicações educativas;
- O jovem no Ensino Fundamental Médio e as implicações educativas;
Nesta aula trataremos de temas como:
- Princípios e significados da ação educativa;


A educação escolar tem o objetivo de formar cidadãos e para isso tem que se adequar a cada uma das etapas destes alunos.

Temos assim, a fragmentação da educação em:

  • Educação Infantil 
  • Ensino Fundamental anos iniciais 
  • Ensino Fundamental anos finais 
  • Ensino Médio 

A ação educativa também pode ser classificada em três etapas:

  1. Institucionalização – a criança é acolhida na escola, e é preparada a sua adaptação. 
  2. Escolarização – formação do aluno em relação a sua organização pedagógica, leitura e escrita. 
  3. Preparação para a Vida Social – quando a formação do cidadão especificamente ocorre. 


O professor tem sido valorizado como capaz de construir conhecimento profissional ao enfrentar os problemas da complexidade da sala de aula. De acordo com Pérez Gómez
1
“parte-se da análise das práticas dos professores quando enfrentam problemas complexos da vida escolar, para a compreensão do modo como utilizam o conhecimento científico, como resolvem situações incertas e desconhecidas, como elaboram e modificam rotinas, como experimentam hipóteses de trabalho, como utilizam técnicas e instrumentos conhecidos e como recriam estratégias e inventam procedimentos e recursos.”

1 PÉREZ GÓMEZ, A. O pensamento prático do professor: a formação do professor como profissional reflexivo. In: NÓVOA, A. (org.) Op. cit. 1992. pp.95-114.

VA_01_Profissão_Docente

Papel do professor: instruir ou educar?

Discutir a função docente pela problematização enfrentamento do dilema: instruir ou educar? A educação se submete ao ensino ou o ensino se submete à educação? O equilíbrio entre as dimensões pedagógica e educativa da prática escolar.

Há tempos a profissão docente vem passando por transformações. 

O ensino bancário, totalmente conteudista não previa a formação do indivíduo plenamente, pois aspectos como valores, normas, procedimentos e atitudes não eram levados em conta. 

Hoje a preocupação é com a formação plena dos alunos, em cidadãos aptos a viverem numa sociedade moderna. 



Dewey (1859-1952) entende que instruir e educar são processos interdependentes. Desde a criança, com sua curiosidade, passando pela capacidade de prontidão que difere de aluno para aluno, a multiplicidade de formas pelas quais se pensa (observar, lembrar, ouvir falar, ler, apreender etc), essas são características que mostram ser falsa a oposição entre as disciplinas formais ao modo como realmente se pensa: 

“Não há um poder de pensamento único e uniforme, mas uma multiplicidade de diferentes maneiras pelas quais coisas específicas – coisas observadas, lembradas, das quais se ouviu falar, leu – evocam sugestões ou ideias que são pertinentes para a ocasião e proveitosas para as situações seguintes. O treinamento é esse desenvolvimento da curiosidade, sugestão e hábitos de explorar e testar, ao mesmo tempo em que se alargam seu escopo e eficiência.”

domingo, 5 de maio de 2013

VA_28_Convivência_Demorática


Encaminhamentos pedagógicos na escola pública sobre a questão religiosa

A aula trata da presença da questão religiosa na educação, preliminarmente do ponto de vista legal, tomando o texto da Constituição Federal de 1988 e da LDB-EN, 9394/96 e dispositivos posteriores, em especial aqueles relativos ao ensino religioso em escolas públicas. A seguir, retoma os temas tratados na Aula 1, propondo encaminhamentos referentes ao tema da liberdade de consciência, de crença e de culto, em relação com os temas da alteridade, tolerância, respeito e ética, indicando limites da ação da escola nesse tema.


O Ensino religioso pluriconfessional é o que propõem as organizações que defendem o princípio da laicidade do Estado. "Tendo como propósito justificar a presença do ensino religioso nas escolas públicas, a perspectiva pluriconfessional acaba se apropriando de conteúdos e enfoques que já deveriam fazer parte do ensino e que seriam mais adequadamente tratados nas disciplinas história, geografia, sociologia e filosofia, por exemplo. Valores universais vinculados à cidadania constituem o próprio objeto da escola pública e não deveriam depender do ensino religioso para ser ensinados. Também há enormes problemas na implementação prática do ensino religioso pluriconfessional, que decorrem da opção religiosa dos professores"-  Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)- Procuradoria Geral da República (PGR).

Esse assunto polêmico foi levado até ao Supremo Tribunal de Justiça, o qual é causado, pelo artigo 33 da LDB, que diz que o ensino religioso é facultativo e deve ser oferecido nas escolas ppublicas, de acordo com as preferências de seus responsáveis, além da lei 9475, que tem uma redação ainda mais problemática, porque abre espaço para a interpretação de que o cidadão não pode ter uma relação com o Estado se não tiver uma formação religiosa.

A educação tem que se preparar para atender a pluralidade típica de nossa cultura. Os decentes e gestores não têm o poder para utilizar suas autoridades e conhecimentos para impor crenças em espaços públicos como a escola e sim usar os conteúdos curriculares já para expor os direitos humanos que foram desrespeitados por alguma espécie de  fanatismo religioso, por exemplo.


VA_27_Convivência_Democrática

A produção da identidade/diferença - a questão religiosa


A aula trata da relação entre singularidade e pluralidade na construção da identidade de cada ser humano, no entrelaçamento de memória e projeto, e o lugar da questão religiosa nessa construção. Apresenta o modo como a Constituição Federal de 1988 trata o tema da liberdade de consciência, de crença e de culto, bem como da separação entre Estado e religiões, ou seja, o princípio da laicidade do Estado, garantindo a diversidade religiosa no Brasil e protegendo contra a discriminação.


Na Constituição Federal de 1988 instituiu a liberdade de crença, liberdade de culto, sendo muito importante a separação entre o Estado e as diversas Religiões praticadas no país, sendo este o princípio da laicidade do Estado, que garante ao nosso país o convívio com essa diversidade cultural de religiões, valorizando e garantindo a diversidade religiosa no Brasil.


Quanto a Pluralidade e Singularidade, temos:

- a questão da identidade deve ser pensada como uma construção plural que compõe a singularidade de cada ser humano.
- singularidade: cada ser humano é diferente do outro a partir de uma pluralidade de aspectos, como a origem familiar, o bairro em que vive, suas experiências, a escola onde estudou, etc.
- a pluralidade é a base do relacionamento entre as pessoas e a democracia.
- a identidade é composta por diversos e múltiplos fatores, entrelaçados com a memória.



Na seqüência de vídeos abaixo temos um debate muito interessante sobre o ensino religioso nas escolas públicas, onde o debate sobre a herança católica que o país possui, e sobre tudo as forças laicas que operam nas esferas governamentais e lutam por algumas posições mais  severas dentro das instituições de ensino.




Recentemente tivemos um caso extremo, onde um aluno sofreu Bulling, por se posicionar como ateu, e recusar-se a rezar durante a aula de um professora. Abaixo segue o vídeo com o depoimento do aluno:


sexta-feira, 3 de maio de 2013

VA_22_Direitos_Humanos

EDH – inclusão e acessibilidade



A aula discute a questão da educação inclusiva e da educação especial sob a perspectiva das leis que regem as diversas políticas públicas em nosso país.

De acordo com nossas Normas TÉCNICAS Brasileiras de Acessibilidade (ABNT/NBR –9050/2004),temos que
“acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”.

Ao promulgar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – CMDPD (ONU/2006), por meio dos Decretos nº 186/2008 e nº 6.949/2009, o Brasil assume o compromisso de assegurar o acesso das pessoas com deficiência a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e de adotar medidas que garantam as condições para sua efetiva participação, de forma que não sejam excluídas do sistema educacional geral em razão da deficiência.

A partir de 2008, o Programa Escola Acessível, passa a integrar o Programa de
Desenvolvimento da Escola, por meio do Compromisso Todos Pela Educação e do Plano de Ações Articuladas – PAR.

3.1. Objetivo geralPromover a acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados em classes comuns do ensino regular, assegurando-lhes o direito de compartilharem os espaços comuns de aprendizagem, por meio da acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e às comunicações e informações.
3.2. Objetivos específicos• Adequar arquitetônica ou estruturalmente, os espaços físicos reservados à instalação e funcionamento de salas de recursos multifuncionais, a fim de atender os requisitos de acessibilidade;• Adequar sanitários, alargar portas e vias de acesso, construir rampas, instalar corrimão e colocar sinalização tátil e visual;• Adquirir mobiliário acessível, cadeira de rodas, material desportivo acessível e outros recursos de tecnologia assistiva. 
No DOCUMENTO SUBSIDIÁRIO À POLÍTICA DE INCLUSÃO do MEC (2005) temos que:

Para a concretização das ações da equipe interdisciplinar de  apoio à inclusão cabe ainda:a. Investigar e explorar os recursos da comunidade a fim de  articular os serviços especializados existentes na rede de educação e saúde às necessidades específicas dos alunos com necessidades educacionais  especiais;b. Desenvolver estratégias de parceria entre as diversas  instituições com trabalho social e comunitário, governamental e nãogovernamental.c. Realizar visitas domiciliares para auxiliar no acesso e  permanência do aluno com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino;d. Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno com necessidades educacionais especiais, favorecendo a interlocução dos segmentos da comunidade escolar,e. Articular a mediação entre a sala de aula com o atendimento educacional especializado, o atendimento clínico, a rede  de assistência e a família.


Um outro documento muito importante é a cartilha  BPC na Escola - Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência na Escola das Pessoas com Deficiência Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - que trás aos pais vários esclarecimentos para a inclusão escolar e social.