sábado, 6 de abril de 2013

VA_21_Direitos_Humanos

 EDH na sala de aula 

A aula aborda o processo ensino-aprendizagem enfatizando a prevalência da aprendizagem como elemento central à EDH.


O agir no mundo, segundo esta consciência do educando formado para pensar em agir sem o outro, apesar do outro, sobre o outro, deve ser substituída por uma consciência de que agir no mundo é sobretudo interagir com o outro, a partir da consideração do outro (BOUFLEUER,. 2001, p. 26).


A EDH deve ter caráter definidos na Proposta Pedagógica da escola e pode assumir:

  • Caráter interdisciplinar: integração de diferentes disciplinas, com conhecimentos organizados
  • Caráter transversal : relacionado com a vida cotidiana e seus interesses, contextualização de conceitos



Metodologias ativas de aprendizagem:

  1. Os estudantes constroem seu próprio conhecimento por meio da seleção ativa de novas informações;
  2. O sujeito traz uma bagagem de pressupostos, motivações, intenções e conhecimentos prévios.
  3. O processo de construção do conhecimento acontece por meio da atividade individual e social.
  4. A natureza das atividades influenciará a qualidade do conhecimento adquirido.


Aprendizagem Baseada em Problemas – ABP

  1. Ação problematizadora por meio de problemas que demandam a ação investigativa por parte dos (as) estudantes;
  2. Desenvolvimento de projetos, com caráter coletivo (saber trabalhar juntos, enfrentando todas as dificuldades existentes em trabalhar juntos);
  3. DH como temas a serem problematizados- possibilita a identificação do direito, seu reconhecimento na realidade, a reflexão crítica sobre a realidade estudada;
  4. Este processo implica necessariamente no conhecimento advindo de diferentes áreas do saber, imprescindíveis á compreensão e consideração crítica da realidade.



VA_18_Direitos_Humanos


EDH e Ambiente escolar 

A aula discute a importância do ambiente escolar compreendido como espaço físico e relações interpessoais para o desenvolvimento de uma educação pautada pelos DH.



Ao se trabalhar EDH na escola a gestão e toda a equipe necessitam ter em mente que as propostas pedagógicas tem que estar em consonância com as atividades efetivamente realizadas na instituição escolar, como:
  •  Vivência e convivência em ambientes democráticos e orientados pelos DH;
  •  Ações protagonistas por parte dos estudantes;
  •  Articulação entre a escola e a comunidade;
  •  Práticas e ações voltadas á promoção dos DH;



No vídeo abaixo temos um trecho da animação produzida por Ellen Stein, parte do documentário "Democratic Schools" de Jan Gabbert (2006).
(http://en.democratic-schools.com/) onde nos é  possível observar como a maioria das escolas é arquitetada, e dessa forma aniquilando boa parte dos pressupostos dos Direitos Humanos no ambiente escolar.





VA_17_Direitos_Humanos

Plano Nacional de educação em 

Direitos Humanos 

A aula apresenta o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, documento que surge no Brasil com a redemocratização e tem como objetivo orientar os sistemas de ensino e as organizações da sociedade brasileira na elaboração e execução de políticas públicas nessa área.


Como apresentado pelo MEC:

“A Educação em Direitos Humanos, no âmbito do Ministério da Educação, busca implementar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, com ações de formação de profissionais da educação básica e a produção de materiais didáticos e paradidáticos; incentivo à estruturação de centros de referência em educação em direitos humanos nas instituições de educação superior, seja em forma de Núcleos de Estudos e Pesquisas, seja em sítios com referências bibliográficas, grupos de discussão, artigos na área, entre outros.”

A partir da implementação do PNEDH as universidades recebem recursos financeiros do MEC para oferecer formação e produzir material didático., com a temática de Direitos Humanos.

Porém  como mostra o vídeo abaixo, o Plano por si só não garante o cumprimento das normas especificadas.



VA_14_Direitos_Humanos

Dimensões da EDH 

A aula apresenta três dimensões da EDH- Direitos Humanos informações, valores e práticas. Estas dimensões constituem a base da EDH e devem ser trabalhadas de maneira complementar e integrada


“A educação em direitos humanos é compreendida como um processo sistemático e multidimensional que orienta a formação do sujeito de direitos” (PNEDH, 2007. p. 25). 

Na aula são citados alguns marcos da educação em Direitos Humanos. Desta forma aponta:

  • Prática efetiva – aconteceu na década das nações unidades para a educação em matéria de direitos humanos que vai de 1995 a 2005
  • Plano nacional de EDH (PNEDH), ocorrido no Brasil. Traz orientações para que a Eucação em Direitos Humanos seja implementada no país, por meio de Diretrizes Nacionais de EDH.
  • Diretrizes tem como objetivo desenvolver a educação em Direitos Humanos




Dimensões da EDH

· Conhecimentos historicamente construídos sobre DH e a sua relação com os contextos internacionais, nacionais e locais;
· Valores, atitudes e praticas sociais que expressem a cultura dos DH;
· Desenvolvimento de processos metodológicos participativos e de construção coletiva, utilizando linguagens e materiais didáticos contextualizados;
· Fortalecimento de praticas individuais e sociais que gerem ações e instrumentos em favor da promoção, da proteção e da defesa dos DH, bem como da reparação das violações.


O PNEDH também descreve as “dimensões” da educação em direitos humanos que, resumidamente, são:

a) “apreensão de conhecimentos historicamente construídos sobre direitos humanos”;
b) “afirmação de valores, atitudes e práticas sociais”;
c) “formação de uma consciência cidadã”;
d) “desenvolvimento de processos metodológicos participativos” e;
e) “fortalecimento de práticas individuais e sociais” de promoção, proteção e defesa dos direitos e de reparação das violações (Cf. PNEDH, 2007, p. 25). Trata-se, portanto, de articular atitudes, competências e habilidades que se traduzam em posicionamento e em atuação.

VA_13_Direitos_Humanos

 Histórico da EDH – documentos referência 

A aula traz os principais documentos que servem como referência para a discussão sobre DH. Trata-se de um conhecimento imprescindível para os/as docentes que pretenderem desenvolver o tema em suas salas de aula, pois são informações que integram os conteúdos dos DH epodem ser incorporados ao currículo escolar.



Relacionar a Educação aos Direitos Humanos, é um hábito antigo nas políticas nacionais e internacionais.
Os documentos internacionais iniciaram a ser escritos na década de 60 e estão sempre sendo aprimorados.

Um dos grandes desafios nesse sentido é a formação inicial e continuada dos docentes para que estes estejam aptos a realizar a formação correta em nossas escolas.

Abaixo temos uma relação de uma série de documentos já editados com a finalidade acima descrita.



Construindoaeradosdireitoshumano from Andrea Mariano



Outro ponto primordial é o papel da mídia na educação em Direitos Humanos. É muito importante que o público tenha a capacidade de realizar uma leitura crítica da mídia em geral. No Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos há um capítulo inteiro dedicado a essa questão.


VA_24_Convivência_Democrática


Gênero e diversidade sexual: desafios para a prática docente 

Após uma breve passagem pelos conceitos de identidade e diferença, serão apresentadas algumas sugestões de encaminhamento do trabalho docente a partir de experiências realizadas em escolas públicas. Estas, engendradas com base nas manifestações culturais populares, comuns ao cotidiano discente local.Quais as contribuições do conceito de gênero para a educação? Como as relações de gênero, e a diversidade sexual que delas faz parte, afetam as práticas e interações estabelecidas no espaço escolar? Essas questões e também a enorme dificuldade em se romper com os padrões tradicionais de gênero são abordadas nesta vídeo-aula.


Hoje temos várias políticas que garantem o tratamento igualitário das várias diferenciações sexuais e de gênero que existem mundo afora.
A partir da implementação da LDB temos os PCN que regem como o tema da sexualidade e do gênero devem ser pautados nos Currículos das instituições escolares.






Temos também os Princípios de Yogyakarta que tratam sobre a aplicação da legislação internacional de direitos humanos em relação à orientação sexual e identidade de gênero.

Na elaboração dos Princípios de Yogyakarta (CORRÊA; MUNTARBHORN, 2006)enviado as Nações Unidas, definem orientação sexual e identidade de gênero:

COMPREENDENDO “orientação sexual” como estando referida à capacidade de cada pessoa de experimentar uma profunda atração emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais de um gênero, assim como de ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas;
ENTENDENDO “identidade de gênero” como estando referida à experiência interna, individual e profundamente sentida que cada pessoa tem em relação ao gênero, que pode, ou não, corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo-se aí o sentimento pessoal do corpo (que pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e outras expressões de gênero, inclusive o modo de vestir-se, o modo de falar e maneirismos (CORRÊA; MUNTARBHORN, 2006, p. 9).

Já em seu artigo 16 temos todo um capítulo referente a garantia desses direitos no âmbito educacional.

DIREITO À EDUCAÇÃO
Toda pessoa tem o direito educação, sem discriminação por motivo de sua orientação sexual e identidade de gênero, e respeitando essas características.Os Estados deverão:a) Tomar todas as medidas legislativas, administrativas e outras medidas necessárias para assegurar o acesso igual à educação e tratamento igual dos e das estudantes, funcionários/as e professores/as no sistema educacional, sem discriminação por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero;b) Garantir que a educação seja direcionada ao desenvolvimento da personalidade de cada estudante, de seus talentos e de suas capacidades mentais e físicas até seu potencial pleno, atendendo-se as necessidades dos estudantes de todas as orientações sexuais e identidades de gênero;c) Assegurar que a educação seja direcionada ao desenvolvimento do respeito aos direitos humanos e do respeito aos pais e membros da família de cada criança, identidade cultural, língua e valores, num espírito de entendimento, paz, tolerância e igualdade, levando em consideração e respeitando as diversas orientações sexuais e identidades de gênero;d) Garantir que os métodos educacionais, currículos e recursos sirvam para melhorar a compreensão e o respeito pelas diversas orientações sexuais e identidades de gênero, incluindo as necessidades particulares de estudantes, seus pais e familiares relacionadas a essas características;e) Assegurar que leis e políticas dêem proteção adequada a estudantes, funcionários/as e professores/as de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero, contra toda forma de exclusão social e violência no ambiente escolar, incluindo intimidação e assédio;f) Garantir que estudantes sujeitos a tal exclusão ou violência não sejam marginalizados/as ou segregados/as por razões de proteção e que seus interesses sejam identificados e respeitados de uma maneira participativa;g) Tomar todas as medidas legislativas, administrativas e outras medidas necessárias para assegurar que a disciplina nas instituições educacionais seja administrada de forma coerente com a dignidade humana, sem discriminação ou penalidade por motivo de orientação sexual ou identidade de gênero do ou da estudante, ou de sua expressão;h) Garantir que toda pessoa tenha acesso a oportunidades e recursos para aprendizado ao longo da vida, sem discriminação por motivos de orientação sexual ou identidade de gênero, inclusive adultos que já tenham sofrido essas formas de discriminação no sistema educacional.

Destaco um documento muito interessante, produzido para o programa Salto para o Futuro, onde essas questões são também abordadas.


VA_23_Convivência_Democrática

Relações sociais de gênero:um direito e uma categoria de análise

Relações sociais de gênero- Convivência Democrática um direito e uma categoria de análise A constituição das relações de gênero está diretamente ligada à ampliação do direito das mulheres e à crítica ao determinismo biológico como base das diferenças entre homens e mulheres. O propósito desta vídeo-aula é resgatar o caráter social do conceito de gênero que remete necessariamente à dinâmica da transformação social.


A partir dos conceitos defendidos para busca dos Direitos Humanos, temos as diferenciações acerca de gênero.




Quando inicia-se a discussão para a igualdade, fraternidade e liberdade, as diferenciações de gênero são trazidas a tona.

O gênero pode ser definido como uma organização social de diferenças sexuais, e isso difere de cultura para cultura.

Em muitas culturas a mulher ainda é banida de certos direitos ofertados somente aos homens, que retrata uma ideologia preconceituosa e muito antiquada.

Na década de 60, onde um movimento feminista forte aconteceu, foi possível derrubar algumas barreiras e conseguir vários direitos, e nessa onda, não só as mulheres lutaram, mas também, homossexuais, transexuais, bissexuais, etc.

Sobretudo ainda é necessário que a força da Lei impere para que alguns desses direitos sejam garantidos, como é o caso no Brasil da Lei Maria da Penha.

Segundo Contreras1 a abordagem de valores, de comportamentos, os posicionamentos políticos e morais por parte dos profissionais da educação, são uma importante dimensão da profissão docente, na medida em que é uma profissão que tem a intenção de influenciar pessoas concretas.

Nas escolas a mulher tem um tratamento de igualdade, pois estudam juntamente com os demais, aprendendo o mesmo conteúdo e avaliadas através dos mesmos instrumentos que os meninos.

Porém vimos ainda que os currículos não abordam conteúdos que valorizem o papel da mulher no História, os materiais didáticos ainda nos mostram os grandes homens da humanidade, sem deixar muito claro o papel da mulher na evolução da sociedade.


1-CONTRERAS, J. La Autonomia del Professorado. 2ª, Madrid:Morata, 1999. 

VA_16_Convivência_Democrática

Encaminhamentos pedagógicos: blog no ensino de ciências


A aula tem por foco descrever uma experiência de implantação de prática pedagógica que objetiva o reconhecimento e o diálogo com as práticas das culturas juvenis da comunidade local- Convivência Democrática a tecnocultura. Essa prática teve por propósitos facilitar a aproximação com os estudantes, ter maiores chances de influência na formação de identidades voltadas a um meta solidária e para o bem comum e também para obter melhores resultados nos processos de ensino-aprendizagem nas aulas de ciências








A rede mundial de computadores é sem dúvida a maior rede de comunicação dos jovens e a escola precisa de alguma forma incluir esse meio de acesso a informação em seu processo de ensino-aprendizagem, também como metodologia.

Incentivar aos alunos que realizem produções para serem veiculadas nesta vasta rede de informações é uma das formas que tem se mostrado mais eficientes para fomentar a pesquisa entre os alunos.

O blog, uma ferramenta de comunicação assíncrona, que possibilita postagens conjuntas entre os grupos de alunos, é uma das ferramentas da web 2.0 mais utilizadas como recurso pedagógico em nossas escolas.

O trabalho descrito nas aulas de ciências teve início com o mapeamento das práticas culturais, e a seguir criou-se temas culturais mais comuns.
Os textos produzidos pelos alunos, eram sistematicamente trazidos para a discussão em sala de aula.

VA_15_Convivência_Democrática

Produção da identidade/diferença:culturas juvenis e tecnocultura

Vídeo-aula 15- Convivência Democrática Produção da identidade/diferença- Convivência Democrática culturas juvenis e tecnocultura A aula tem por foco analisar a importância da tecnocultura na constituição das identidades e “diferenças” presentes nas culturas juvenis. Para isso, discute o que são as culturas juvenis defendendo seu aspecto social em vez de biológico; descreve algumas das características do fenômeno da juventude ao longo do tempo; prioriza a diversidade de características, contrariando a ideia de uma cultura juvenil universal. Por fim, enfoca as culturas juvenis urbanas e a relação estreita de grande parte dos jovens com a tecnocultura e seus efeitos sobre suas práticas e linguagens.



O Jovem através dos tempos:
  • Elite na Grécia Antiga: viviam por vezes no ócio e até os 40 anos
  • Século XVII: ruptura de dois mundos: o dos jovens e dos adultos
  • Pós Revolução Industrial: aprendizado profissionalizante de jovens
  • 1945 a 1975 bem-estar social e juventude transviada
  • 1960 – diversidade cultural – escolarização fortificada




O processo de construção de conhecimento pode ser muito enriquecido pelos contextos sociais e culturais dos jovens, uma vez que há contextos diferenciados nas várias expressões.


Algumas dessas manifestações, como algumas expressões sociais, como bailes funks, são um material rico para a discussões sociológicas com os alunos.