A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor
Rejeitando as explicações reducionistas sobre a não aprendizagem, a aula tem como objetivo discutir a produção do fracasso a partir das relações entre o aluno e o mundo, o mundo e a escola, a escola e o aluno. Nesse contexto complexo, é possível vislumbrar tanto a lógica do não aprender como o risco de aprender.
O fracasso escolar pode ser atribuído á uma série de
fatores, internos e externos aos muros escolares.
Três relações podem ser destacadas nesse processo de
1- Relação aluno/mundo: existe uma oposição entre os valores sociais (capitalistas) e a aprendizagem; o mundo oferece vários atrativos, e a escola? É desafio resgatar o valor do conhecimento como bem necessário e prazeroso;
2- Relação mundo/escola: o que ensinamos e o que devemos ensinar? Muitas mudanças ocorreram na sociedade atual, mas a escola parou no tempo. Mesmo bem intencionada a escola não está em sintonia com o mundo e por isto, quase nada do que se ensina no ambiente escolar tem significado para os alunos; é necessário levar e o conhecimento para fora dos muros da escola e buscar para dentro da mesma o conhecimento existente na sociedade.
3- Relação aluno/escola: cabe nesta relação questionar como a escola ensina e se ensina por que o aluno não aprende? Na maioria dos casos, as metodologias utilizadas não alcançam os interesses, necessidades ou processos cognitivos dos alunos; as práticas mecânicas, a constante tensão da relação professor aluno (indisciplina, baixa aprendizagem, falta de respeito mútuo) e a desconsideração à diversidade cultural, certamente, também são fatores que favorecem o fracasso escolar.
No vídeo abaixo temos a apresentação dos resultados de uma
pesquisa realizada no Universidade Federal de Pernambuco, que traduz ainda mais
os fatores relacionados acima, comprovando ser um fenômeno social.
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