Os estudos culturais e a convivência democrática
Explica o surgimento do campo dos Estudos Culturais, bem como seus objetivos de pesquisa; apresenta a noção de cultura utilizada pelo campo e o modo como os processos culturais vinculam-se com as relações sociais e as diversas formas de opressão que envolvem várias forças determinantes - econômica, políticas e culturais, competindo e em conflito entre si. Argumenta que as investigações produzidas no campo sobre as culturas podem contribuir para a democratização das relações de poder e o modo como a escola pode atuar nessa direção.
Estudos Culturais caracterizam-se
pela interdisciplinaridade e transversalidade, que remete a uma constante
renovação.
Ainda um caráter questionador,
assim, não há dogmas ou verdades absolutas a serem seguidas.
É uma disciplina investigativa,
baseada no estudo de cada cultura e as suas relações com as demais.
“O que distingue os Estudos Culturais de
disciplinas acadêmicas tradicionais é seu envolvimento explicitamente político.
As análises feitas nos Estudos Culturais não pretendem nunca ser neutras ou
imparciais. Na crítica que fazem das relações de poder numa situação cultural
ou social determinada, os Estudos Culturais tomam claramente o partido dos
grupos em desvantagem nessas relações. Os Estudos Culturais pretendem que suas
análises funcionem como uma intervenção na vida política e social.” (Silva,
2002: 134).
A construção de uma Escola Democrática pode ser
fundamentada em ações educativas pautadas nos Estudos Sociais, daquela
comunidade, afim de gerir os conflitos que porventura se criem durante a convivência
cotidiana na escola.
Uma escola democrática se constituirá a partir:
a) do desenvolvimento de consciências críticas
quanto aos processos de imposição de culturas e visões de mundo; e
b) da convivência entre identidades culturais e
sociais múltiplas.
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